domingo, 4 de outubro de 2009

Movimento de vigília pela cultura

Após a advertência feita pelo Conselho de Cultura de Pelotas sobre uma possível aglutinação da SeCult com outra pasta (veja a nota), houve uma reação da comunidade artística - opositora, em maioria, às medidas do governo Fetter na área cultural.

Quinta passada (1), Beatriz Araújo, Secretária Municipal de Cultura em 2005 e 2006, e João Bachilli, diretor do Grupo Tholl, fundaram o movimento Vigília Cultural, destinado a favorecer três políticas culturais específicas: a criação de uma lei pró-cultura, a convocação da 3ª Conferência de Cultura e a manutenção da SeCult. A primeira delas já vinha sendo motivo de pressão desde o ano passado, e o momento atual acrescentou as outras duas.

O movimento escolheu como símbolo o Estandarte da Cultura (esq.), confeccionado pelo THOLL, que acompanhará as manifestações e poderá estar presente em todos os eventos que o solicitarem (no telefone 8115.1397).

O Grupo Tholl o leva em suas apresentações e estará na terça (6), na Câmara de Vereadores. Como o prefeito Fetter não convocou a Conferência de Cultura, os artistas pedirão que a Câmara o faça (a lei estipula que, para haver financiamento federal da Conferência, seja o prefeito a convocá-la).

Os dirigentes também pedem que quem não estiver em Pelotas apoie o movimento enviando e-mails a camara@camarapel.rs.gov.br. O nosso centro legislativo não tem uma divisão cultural mas acolhe e costuma fazer seus os anseios da comunidade nas diversas áreas. Apoiando interesses de comerciantes do Mercado, em setembro passado, vereadores mediaram no conflito com a autoridade; o prefeito dialogou, mas não modificou em nada suas decisões.

A imprensa escrita e eletrônica está dando aberta divulgação à Vigília Cultural, exceto o Diário Popular, que o qualificou de extemporâneo e inócuo (veja o editorial de hoje). O jornal costuma criticar aspectos da gestão do prefeito Fetter, mas neste caso defende incondicionalmente o seu acionista. O pronunciamento editorial sinaliza, na verdade, o sentido predominantemente político do movimento.
Foto: blog Andréa Terra

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