segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Falta de boas imagens turísticas

Um leitor do blogue lamentou a falta na internet de boas fotos turísticas, que motivem o visitante a conhecer as belezas de Pelotas (leia comentário).

Realmente o pelotense não estima sua cidade o suficiente para cuidá-la e, menos ainda, para transformá-la em ponto turístico a ser visitado todo o ano. Nosso grande acontecimento é a Fenadoce, em junho; outros eventos (agrícolas e literários) geram interesse regional. As praias e alguns roteiros atraem turistas, mas deles não temos muita consciência.

Nossa agenda artística é movimentada mas não tem coordenação. Os pelotenses pouco vão aos concertos musicais, às galerias de arte e aos pontos turísticos. Por isso eles fecham nas férias e os turistas não podem também visitá-los.

Por outro lado, os sítios de internet que dispõem dados sobre pontos turísticos de Pelotas apresentam imagens pequenas demais para motivar um possível turista: Secretaria de Turismo, Hotel Jacques Georges, Curi Palace Hotel.

As maiores fotos estão na galeria da UFPel e do Pelotas Convention.
O blogue Conheça Pelotas também tem fotos grandes, mas não muito numerosas (20 postagens em 12 meses).

O Amigos de Pelotas destaca habitualmente as ações do Tholl e as boas imagens do Laranjal (última foto abaixo), sem deixar de protestar pelos problemas.

Um especialista em turismo denunciou o problema, seu artigo foi publicado em dois meios de comunicação (Pelotense, conheça Pelotas!), mas não teve repercussão.

Por seu lado, um jovem italiano apaixonado por Pelotas pede que cuidemos nossa cidade e promovamos mais a aproximação com os visitantes (leia nota).

Se já não conhecemos nossa cidade o bastante para que os turistas se entusiasmem, reclamamos bastante de nós mesmos e descuidamos da higiene, da conservação e da divulgação.

Já que o leitor fez a denúncia, é uma pena reconhecer hoje que os turistas que chegam por aqui ainda ficam insatisfeitos com os serviços e o atendimento. Alguns prédios estão em ruínas, sejam casarões antigos ou shoppings abandonados. O centro comercial da cidade se encontra atrasado uns 40 anos em relação a outras cidades do Estado. Teatros, clubes, hospitais, escolas e igrejas não estão abertos à visitação permanente.

A Biblioteca Pública (foto acima) tem bom atendimento, mas faz poucos eventos. Restam os museus e galerias de arte, mas raramente contam com mediadores e guias.

Somente enfrentando esta realidade é que poderemos entendê-la e melhorá-la, na medida de nossa vontade.
Imagens: PPT anônimo (1-2), F. A. Vidal (3) e Laureano Bittencourt (4)


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