quarta-feira, 10 de março de 2010

Palavras sobre Palavras: consultório etimológico

Esta segunda-feira (8), comecei a escrever uma coluna no blogue da Escola Santa Mônica, o Alquimia das Palavras. A professora amiga Teresinha Brandão me convidou a colaborar e batizamos a seção: Palavras sobre Palavras, aludindo à metalinguagem e ao estudo dos étimos. Parece ser o único espaço pelotense dedicado à etimologia, incluindo também algo de paremiologia (origem dos provérbios e expressões).

De contrabando com as informações históricas e gramaticais, pretendo introduzir análises sobre os costumes brasileiros e comportamento em geral. O primeiro artigo compara os sinônimos trombadinha (assaltante menor de idade) e pivete (menor de idade assaltante), que no Brasil denunciam implicitamente nossa permissividade com o delito e a corrupção, desde tenras idades.
A etimologia costuma interessar mais a especialistas, mas muitos leigos gostam de saber de onde vêm as palavras e não encontram informação confiável. Minha base será uma dezena de dicionários, vários deles não disponíveis na internet. A intenção é tirar a aparência solene da gramática, respeitando os estudiosos de um assunto em que, parecido ao futebol e a política, muitos dão palpite ou fazem piadas. Inclusive há quem, de ouvido, ache que "étimo" não teria o "i" após o "t" (como em "ritmo"). Mas o radical é etymon, grego que passou pelo latim.

Alguém sabe por que os cachorros-quentes são chamados de "panchos" no Uruguai e países vizinhos?

A salsicha veio da Alemanha com o nome de Frankfurter Würstchen (veja explicação). Em vez de ser traduzida para "salsicha de Frankfurt", a expressão foi simplificada para Frankfurter e depois para Frank e Pancho, que em espanhol é o apelido de Francisco.

Esta explicação é algo que não achei nos dicionários, mas deduzi pela lógica e pelos dados disponíveis (primeiramente publicado em setembro de 2009 no Amigos de Pelotas).
Imagem: Wikipedia

Um comentário:

Teresinha Brandão disse...

Sr. "Frank e Pancho, que em espanhol é o apelido de Francisco", rsrs! Desculpa a brincadeira, Francisco! Mas essa eu também não sabia!
Temos muito a te agradecer lá no Alquimia! Resgatar os sentidos possíveis das palavras é resgatar sua historicidade. É comum muitos etimologistas darem longas e, por vezes, enfadonhas informações sobre determinadas expressões, e ainda, "técnicas" demais...
Tuas explicações, ao contrário, são sempre leves e interessantes!
Agradeço em nome da equipe da Santa Mõnica!
Bj, Tê!