sábado, 29 de maio de 2010

Feijão no Dente, banda latino-americana

Esta segunda-feira (24), a Fábrica Cultural Música pela Música acolheu mais uma apresentação do Sete ao Entardecer. O projeto municipal perdeu este ano o seu espaço natural, o Teatro Sete de Abril, fechado em março para restauração (ou reformas, não ficou bem claro) dias antes de os shows começarem.

A casa particular da Félix da Cunha dispõe de 150 cadeiras, capacidade bem menor que o Sete com lotação máxima (600 pessoas), mas na distância entre as duas salas - cerca de um quilômetro - é como se o público se reacomodasse: se no habitual horário das terças ocupava o Sete pela metade, agora, na Fábrica, se adapta ao lugar e aos shows específicos (são uns trinta por ano, sempre com músicos locais).

Neste que é o oitavo espetáculo de 2010, uma plateia de cerca de 50 pessoas escutou o som latino-americano da banda Feijão no Dente, em seu primeiro recital "grande".

Estudantes da Licenciatura em Música da UFPel, já com experiência tocando, criaram o grupo em julho de 2009. Sua primeira apresentação foi no projeto de extensão “20 pras 10”, do I.A.D., em que os alunos do curso fazem uma pequena mostra musical no intervalo das 9h40min, uma vez por semana. Depois dessa estreia, a banda fez a abertura de alguns shows para o projeto Roda Viva do Bar João Gilberto.

Segundo o vocalista Fagner Moura, o curioso nome foi escolhido justamente para criar surpresa e interesse. "Feijão no dente" pode sugerir muitas coisas, menos o que o grupo é: um divulgador de música popular brasileira e latino-americana, especialmente uruguaia e argentina. Os músicos não somente tomam diversas raízes (Atahualpa Yupanqui, Chico Buarque, Moraes Moreira) mas as mesclam em verdadeira fusão de ritmos e sotaques.

Nesta ocasião, a banda apresentou-se com Roberto Kittel (guitarra), Fagner Moura (violão e voz), Luiz Britto (cajón) e Ottoni de Leon (baixo), mais a participação especial de Lyber Bermudez na percussão e Fabrício Moura no bandolim. A partir da esquerda: Roberto, Fabrício, Lyber e Fagner. Acima à direita: Ottoni.
Fotos de F. A. Vidal

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