quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Segunda fase de desocupação do Mercado

Começou há uma semana a mudança dos comerciantes externos do Mercado Público para o térreo do inacabado Shopping Praça XV, que pretendeu ser um dos maiores prédios da cidade e grande empreendimento comercial.
O sítio da prefeitura sugere que o primeiro transplantado teria sido o salão de barbeiro Damasceno (veja nota). De acordo a outra matéria (leia) na sexta (15) já se encontrava uma dúzia de bancas funcionando (sendo uns oito destes, salões de barbearia, e com movimento normal, pelo que observei).
O primeiro à direita, para quem entra, é a tradicional loja de especiarias "A Deliciosa", reporteada no Amigos de Pelotas em 2008 (leia nota), quando ainda não se sonhava com uma reestruturação do Mercado. Agora o espaço é muito menor (dir.), mas os clientes (de 60 anos de história da banca) não perderão de vista as ofertas. Seu dono, Nataniel, me contou que a mudança dele começou domingo (17), e os pontos foram sorteados, cabendo-lhe a sorte de ficar mais perto da rua.
A entrada pela Andrade Neves tem um lamentável e nada convidativo aspecto (esq.). Ninguém diria que ali funciona um centro comercial. No projeto de shopping, o imenso portão teve que ser tapado, deixando uma pequena abertura, que hoje evoca um mercado em ruínas.
Com o que se chama popularmente de "vontade política" e vendo que não haveria mais tempo nem dinheiro para a restauração, o prefeito Fetter enfrentou todos os ventos contrários (comerciais, estéticos, pessoais, sindicais), mudou os comerciantes internos para a Travessa Conde de Piratini e agora os demais para o edifício abandonado que envergonha a cidade.
A meta é devolver a Pelotas um Mercado Público digno de ser visitado e, por isso mesmo, que se autofinancie. Em 2011 deverão ser informadas as exigências para funcionar nele, e em 2012 se espera vê-lo funcionando, no aniversário de 200 anos de Pelotas.
Fotos de F. A. Vidal

Um comentário:

Paula Nadler disse...

Adorei seu blog, beijo.