quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Fila para saúde: não há piedade para o pobre

Há alguns meses, o fluxo de público que pede cartão do SUS (Sistema Único de Saúde) subiu ao dobro do usual, mas a Secretaria de Saúde não dispôs melhorias no atendimento. Numa pequena sala do térreo do velho centro da Lobo da Costa (sem relação com o Programa "Doenças Sexualmente Transmissíveis", que funciona no piso superior), dois funcionários dão 60 números cada manhã e atendem caso a caso, das 8h às 14h.
Em 10 minutos, somente com a cédula de identidade, um novo cartão é fornecido. Pela importância do documento, as pessoas toleram esperar até 3 horas, com duas cadeiras disponíveis, no sol da manhã (ou sob chuva). Esta manhã a situação foi considerada normal.
Como estão chegando 80 pessoas diariamente, o excedente deve voltar no dia seguinte. Em casos de alta urgência, as pessoas que chegam após as fichas serem dadas podem ser atendidas no mesmo dia, mas ficam mesmo assim no fim da fila. Há uma sala de espera, mas ninguém quer ficar longe de onde os números são chamados.
O povo achava demais o desconforto e até fazia piada, mas não tinha a quem reclamar. Os pobres e os doentes são tratados sem o respeito devido - mesmo em democracia - por políticos, médicos e chefes em geral.
Foto de F. A. Vidal

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