terça-feira, 11 de setembro de 2012

Casarão Trápaga está fechado novamente

Quinta (6) a direção do Instituto de Ciências Humanas da UFPel decidiu interditar o prédio da antiga Escola de Belas Artes, na Marechal Floriano esquina Barão de Santa Tecla, também denominado "Campus 2 do ICH" (leia a Portaria 149).

O local era usado para atividades do Mestrado em Memória Social e Patrimônio Cultural, do curso de Museologia e do curso de Conservação e Restauro, as quais foram encaminhadas para outras sedes. A informação e as imagens provêm do DACORE (v. Facebook).

O casarão foi construído em 1881 e doado em 1963 por Dona Carmem Trápaga Simões para a Escola de Belas Artes. Desde sua fundação em 1949, a entidade não tinha uma sede própria; após a criação da UFPel (1969), o velho casarão ficou incluído no patrimônio federal.

A Universidade reformou o palacete em 2009 (veja nota deste blogue), mas tudo evidencia que esse trabalho não ficou terminado.

Em 2010 o Laboratório de Conservação foi interditado, mas a Universidade não tomou as medidas necessárias e a estrutura do prédio inteiro ficou em pior estado, até o ponto de não ser recomendável seu uso. A foto abaixo mostra o casarão quando era a residência da família espanhola (provavelmente, década de 1920).

Ironicamente, alunos e professores não podiam restaurá-lo, e deverão passar mais uma longa temporada à espera de uma decisão superior.


Fotos do Facebook: DACORE (1-2) e Fábio Zündler (3)

POST DATA: 
12-09-12
Momentos após a publicação desta nota, o Diário Popular deu a mesma notícia em seu portal (leia), a qual saiu também na edição impressa, do dia seguinte (12).
Para entender a complexidade da situação, é preciso considerar que a cidade está no último mês da campanha eleitoral municipal, as universidades federais se encontram em greve há meses, e a reitoria deve -dentro deste ano- convocar o Conselho Universitário para definir a sucessão interna, processo no qual uma chapa opositora já se definiu como a mais votada.

25-09-12
Os alunos dos dois cursos desta unidade estão em greve para divulgar seu problema e buscam soluções junto à reitoria. O diretório acadêmico emitiu hoje um comunicado de greve.

2 comentários:

Anônimo disse...

Obrigado pela postagem! Em um passado alunos da EBA fizeram aula na rua em protesto por um prédio e ganharam na época este prédio da Floriano, agora a história parece se repetir!

Francisco Antônio Vidal disse...

Bem lembrado. Isso foi em 1960, quando professores como Nesmaro fizeram aula na calçada, chamando a atenção da comunidade. O prefeito Gastal buscou soluções, mas em 1963 saiu a doação de Carmem Trápaga Simões.