domingo, 7 de outubro de 2012

Candidato consciente, partido inconsciente

Candidato a reeleição, o vereador proclive à limpeza revelou a causa do lixo na rua: os milhares de panfletos sobrantes precisam cumprir sua missão de lembrar o nome dos candidatos, especialmente no dia das eleições, quando a publicidade está proibida por lei. Mesmo que meia dúzia de eleitores pegue um papel do chão a modo de "cola", serão valiosos votos ganhos. É o desespero do partido por captar os últimos indecisos.

O mesmo fator explica o excesso de candidatos (em Pelotas, 1 de cada 1000 habitantes): quanto mais nomes tiver a legenda, mais votos terá essa coligação, mesmo que tenha um único candidato bom (adequado para a função). O resto são números de apoio, gordura dando peso ao esqueleto, vozes que aumentam o volume de som de um coral (daí o termo pejorativo "corinho").

Faltando 3 dias para a eleição, o partido me deixou 50 mil cédulas para distribuir.  
Como não contratei cabos eleitorais, distribui pouco mais da metade. 
O que sobrou, me sugeriram que eu jogasse na rua, perto das urnas. 
Preferi doar, amanhã, aos papeleiros...
Foto: Facebook

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