segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Música sul-coreana entre os casarões


Muzik Ex Machina é um cover brasileiro do quinteto feminino sul-coreano 4Minute. Apesar do estranho nome, trata-se de um grupo pelotense, em que cada bailarina assume uma cantora do grupo imitado e reproduz a coreografia e os movimentos de lábios de seu papel.

O pop coreano ou K-pop [kêi-póp] é um gênero musical juvenil que combina traços específicos da cultura sul-coreana e da norte-americana, e se transformou num fenômeno internacional na última década, com fãs por todo o mundo.

Ontem (30) o Diário Popular (veja a nota de Max Cirne) informou sobre o primeiro clipe do grupo, em que as meninas do Muzik Ex Machina reconstroem a música "Volume Up" (vídeo acima), com a direção de Ruan Sampaio Leal.

Em Pelotas, as cenas foram filmadas em prédios antigos, como o Castelo Simões Lopes (foto maior abaixo) e a Biblioteca Pública (esq.). Nada têm a ver os casarões do início do século XX com a música atual, mas é justamente a justaposição de elementos discordantes que dá força à colagem intercultural.

Veja imagens dos ensaios no making of deste vídeo de estreia do grupo pelotense e a Volume Up original com o grupo sul-coreano 4Minute. O quinteto já mereceu uma resenha do sítio A-Team, especializado em música asiática.

Identificando na foto (dir.) as integrantes do grupo cover, a partir da esquerda:
  • Caroline Garcia Rosa (morena, 16 anos) usa o nome artístico Aiko, e faz a sul-coreana SoHyun, 
  • Amanda Salagnac (loira, cabelo crespo, 22 anos) é Sara, que representa GaYoon; 
  • Paola Martins (ruiva, 24) tem o pseudônimo Akemi e faz HyunA; 
  • Amanda Hartwig (loira, cabelo liso, 16) se apresenta como Mei, dublando a original JiHyun, 
  • Franciele Mendes (morena, 21), a Syza, faz JiYoon e confirmou estes dados. 
Imagens: Facebook


2 comentários:

Anônimo disse...

Achei interessante a ideia que o Muzik Ex Machina teve de "refilmar" o MV Volume do 4Minute.
Assisti na esperança de que essas cinco meninas tinham encontrado uma forma de se expressar e foi exatamente o que eu NÃO vi.
Foi como assistir o MV original de novo, uma simples cópia. Não nego que, como covers, elas são boas. Mas onde está a personalidade que o próprio 4Minute prega? Ali estão meras cópias, que não têm nada a dividir. Não têm um estilo de dança próprio, um estilo de roupas ou até na interação das componentes.

Elas não parecem animadas em estar dançando. Só querem ser grandes imitadoras do 4Minute.
Elas atraem atenção e até agora estão indo muito bem, mas se quiserem mesmo fazer sucesso, precisam muito do que só fazer tudo que as coreanas fazem.

Francisco Antônio Vidal disse...

Obrigado pela interessante opinião. Concordo e acrescento o seguinte.

O objetivo delas é mesmo fazer uma reprodução das personagens, a nível teatral, o que é bem difícil, pois Brasil e Coreia são culturas bem diferentes.
Mas inovar nas personalidades, saindo do "tributo ao ídolo", faria as gurias criar algo novo, saindo do cover. Seria mais autêntico, mas as tiraria do objetivo delas, que é recriar, e não criar.
No entanto, eu considero que um cover verdadeiro inclui a expressão vocal e não somente mímica.

A qualidade da marca pelotense ficou com o diretor do vídeo, que expressou uma coisa própria e única, nas locações solenes e decadentes que recordam castelos europeus. A mensagem é que nós aqui, nos fazendo de europeus, somos tão kitsch, mestiços, copiadores e "ecléticos" como os sul-coreanos e japoneses adotando a cultura norte-americana.