sábado, 11 de maio de 2013

"O Liberdade" no 5º Festival do Documentário Musical

Museu da Imagem e do Som foi uma das 5 salas paulistas que exibiram filmes do IN-EDIT Brasil.
De 3 a 12 maio, o festival mostrou 15 filmes nacionais, 29 internacionais e vários shows musicais. 

Imagem/somos

Registros momentâneos
Imagem sonho
Olho/olha

Elas aprisionadas não têm liberdade
Imagens/som

Cidade/meio/conteúdo
Tudo condensado no frame/fotograma

Registro do tempo social
Afinal ... polissêmica imagem cultural

Banhada no enquadramento
Banhada na trama daquele momento
Decorativa ... banhada em liberdade memorial

Imaginar/ação
Sonorizar o previsível/plausível
Signatários

Oh liberdade
Oh libertai-vos

Voz invisível
Vizinhos do acaso


Sábado, 11 de maio de 2013. 15h 30min. Museu da Imagem e do Som. O Liberdade. Um pedaço da cultura/música/cinema de Pelotas estava presente na mostra/festival internacional do documentário musical.

O catálogo da mostra abre com uma frase sugestiva: O mundo está cheio de grandes histórias. A arte é saber contá-las.

Rafael e Cíntia em São Paulo hoje (11)
E dois diretores de cinema contaram uma história de Pelotas para uma plateia que ao final os aplaudiu/agradeceu/questionou.

Os questionamentos ficaram por conta das técnicas utilizadas/escolhidas e também das minúcias no como entrevistar os atores sociais/personagens/indivíduos.

Os agradecimentos e aplausos foram pela qualidade do longa-metragem dirigido por Cíntia Langie e Rafael Andreazza.

A música popular pelotense/brasileira foi o mote e fio condutor que introduziu habitantes/personagens característicos da nossa cidade. Nossos costumes ficaram claros nas intenções estéticas/artísticas do documentário.

O bar/restaurante/salão de dança em questão torna-se um microcosmos que expressa de maneira local/regional uma universalidade/humanismo latentes em todos os vilarejos/cidades/metrópoles.

Ficou claro que temos uma Pelotas que não se conhece, que não se explora. Muito aumentou o movimento do Liberdade após o filme, contou o diretor. Mas anos antes do filme o bar já produzia cultura e música de qualidade, completou ele.

Pelotas precisa buscar-se e fazer justiça a sua fama de cultural e efervescente. Nós temos história, temos passado e precisamos olhar nosso presente.

As imagens mostram uma comunidade em torno do bar Liberdade. E isso foi imageticamente preservado durante as filmagens, pois é como se a rotina do lugar não tivesse sido mexida pela câmera/operadores/equipe de áudio. Inclusive, no bate-papo com os diretores, foi citado o uso de abajures para iluminar sem interferir no ambiente.

Eles filmaram sua aldeia e falaram automaticamente do mundo. Mostraram uma cidade que a própria cidade não via.

O LIBERDADE. Um documentário sociológico/antropológico/artístico muito bem costurado na edição, que remete a uma cidade chamada HUMANIDADE.

Nathanael Anasttacio


Por 39 anos, Liberdade mereceu o nome.
Desde 9 de fevereiro de 2013, o Liberdade não abre mais à noite. Após a tragédia de janeiro em Santa Maria, as autoridades pelotenses interditaram quase todas as casas noturnas da cidade por não ter adequada prevenção de incêndios (v. notícia oficial).

Lamentavelmente, o reduto pelotense do chorinho não pode reverter a situação (mais por questões jurídicas do que financeiras), e ainda ninguém intercedeu pela reabertura do bar, que foi também reduto da liberdade (desde 10 de maio de 1974), no fim dos "anos de chumbo".
Imagens: N. Anasttacio (1-2), Secult Jaguarão (3), R. Marin (4)

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