segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

A arte da superação

Óleo pintado com a boca por João Filipe da Silva Rodrigues
João Filipe da Silva Rodrigues é o único artista de Pelotas que pinta com a boca. Paralítico desde o nascimento, há 30 anos, ele vem se dedicando a superar as dificuldades de viver, que para ele são grandes, incluindo os problemas para se movimentar e os sentimentos depressivos que aparecem pela inatividade e falta de inclusão. Escolhendo o aprendizado da pintura, ele mostra como é possível vencer essas dificuldades.

Filipe conta que sentiu a necessidade de pintar há quatro anos, em meio a uma forte crise de depressão. Os trabalhos iniciais foram em cartolina, utilizando apenas têmperas. Como os efeitos benéficos da arte sobre as emoções de Filipe foram imediatos, ele e sua mãe resolveram procurar um curso de pintura. Não foi fácil achar alguém que pudesse ensinar a pintar com a boca. As primeiras aulas foram com a professora Eneida Marti, do Atelier Dekorart. Hoje ele frequenta o SEST-SENAT, onde faz quatro aulas por semana com Guiomar Neves.

João Filipe em sua primeira individual no Corredor Arte
O artista, que já participou em exposições coletivas, agora reuniu uma dúzia de óleos, de motivos diversos, entre cerca de 80 obras já produzidas. Ele não conhece mais o que é depressão, pessimismo ou vergonha. Por isso sua exposição se intitula "Arte da Superação".

A mostra pode ser visitada até 11 de março, em qualquer dia da semana, das 7 às 22h, no Hospital Escola da UFPel (Professor Araújo, 538). Veja também reportagem sobre Filipe no Diário Popular e o verbete da Wikipédia sobre a associação internacional Pintores com a boca e os pés.
Fonte: Completa Comunicação

2 comentários:

Unknown disse...

Parabéns pelo post. Parabéns especial ao artista. Belo trabalho!!!!

Anônimo disse...

Sinceros parabéns pela divulgação de tão belo trabalho, realizado por esse guerreiro que é o querido Felipe.
Há mais ou menos dois anos, fui até sua casa, após ver uma de suas telas em reportagem no Diário Popular.
Impressionei-me com a luta desse jovem que, ao invés de usar máscaras ou drogas para fazer badernas, submete suas limitações a seu talento: isso é coragem, determinação e caráter.
Parabéns ao blogue, e meu abraço fraterno ao Felipe. É de cabeças assim que o país precisa. Imenso carinho. Prof.ª Loiva Hartmann