Gastal publicou cinco fotos quarta-feira (18) em seu blog (veja o post), aparentemente com a intenção de continuar numa segunda parte. Mesmo ele não dando informação alguma sobre os prédios, considero como uma contribuição em forma de pequena amostra fotográfica.
O conceito é muito interessante do ponto de vista gráfico ou estético (para deliciar-se visualmente com cores, formas e ângulos), e ainda mais pelo lado histórico e arquitetônico, na comparação de épocas, autores e proprietários. Ignoro se alguém teve esta ideia antes, mas fica o registro dela e a possibilidade de seguir explorando-a artisticamente.
Minha reflexão é que estas comparações não teriam sido possíveis sem a demolição de boa parte de nossos prédios: onde há edifícios modernos antes houve casas antigas.
A foto acima é do moderníssimo Centro Empresarial Albert Einstein, na Sete de Setembro 160, construído em conjunto com uma casa antiga, sua vizinha, que parece estar adiante dele. Os dois formam realmente uma unidade de opostos, que a foto não aproveita (a entrada ao edifício está no térreo da casa).
A seguir, o Teatro Guarani (1920) e o edifício Montreal (2005), de 10 andares residenciais, que está a uma quadra de distância, numa composição de diálogo visual, com o mais antigo com leve predominância.
À direita, o antigo Grande Hotel (1928), totalmente sobrepujado pelo Barão de Jarau, que é mais alto mas não tanto. Se o fotógrafo tivesse deixado o Grande Hotel em primeiro plano, teria obtido um ângulo bem mais favorável aos dois, mais imponente e contrastante.
Abaixo, o antigo Asilo de Órfãs, de meados do século XIX, com sua torre de 3 andares igualando-se (em tamanho e em forma) ao edifício residencial de 12 pisos, na Gonçalves Chaves com Barão de Butuí.
É assim como Pelotas luta internamente com seus próprios valores e tendências: uma conservadora e outra inovadora.
Poderão elas algum dia unir-se sem anular-se?
Fotos: Blog PGNeto.
Fotos: Blog PGNeto.
Fantástico! Está me dando vontade de poetar...
ResponderExcluirAbraços :-)
O que tem realmente valor histórico ou arquitetônico (não confundir uma coisa com a outra)tem realmente que ser preservado, mas isso não deve impedir o surgimento de novas manifestações arquitetônicas, como exemplo cito o museu do Louvre, que hoje convive muito bem com uma pirâmide de vidro.
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