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terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo

O Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo existe desde novembro de 1986, como parte do Instituto de Artes da Universidade Federal de Pelotas. Mas é somente nos últimos seis anos que ele funciona na atual sede, na rua General Osório 725, esquina General Neto.

Começou numa casa da rua Félix da Cunha, que se fez pequena para as necessidades do MALG. Em 2000 pensou-se na mudança para a antiga Faculdade de Agronomia, mas o centenário prédio requeria ainda total restauração, e o Museu terminou indo para o casarão Alsina, comprado em 1951 por Léo Zilberknopp, que o aluga para a UFPel.
A diretora do museu desde 2006 é a professora Raquel Schwonke, que fez inovações internas, como a Sala de Pesquisa, a reformulação da Sala do Patrono e um Auditório reequipado, agora pelo lado da General Osório (foto abaixo).
O trabalho de conservação do acervo envolve o problema permanente da climatização da Reserva Técnica (há obras com mais de cem anos). O MALG também passou a abrir nos domingos, sendo seu "feriado" agora nas segundas-feiras. Estive ali no último sábado de carnaval às 19h, mas não havia outros visitantes, o que facilitou a tomada de fotos. Como entidade universitária pública, o MALG não cobra entrada.

A casa do MALG foi construída em 1876 por Francisco Alsina, espanhol que chegou a Pelotas em 1860 com sua família. O uso do prédio era residencial na parte de cima, e destinado a lojas comerciais no piso térreo.
Em 1926 o casarão foi doado ao Asilo de Meninos Desvalidos (fundado em 1922), o que modificou totalmente sua estrutura e funcionamento. A doação não foi de agrado de uma parte dos descendentes, que com os anos o comprou de volta. José Alsina Lemos se determinou a ocupá-lo mas faleceu enquanto o reformava, e sua viúva finalmente o vendeu em 1951, ao atual dono.
Houve recentemente uma restauração completa da casa, a cargo do arquiteto Fernando Caetano. Pode-se notar o cuidado extremo nos detalhes, como as escaiolas do andar de cima (dir.), a sacada que dá para a rua Osório (esq.) e o terraço dos fundos, não acessível aos visitantes.
Fotos: F. A. Vidal.

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