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segunda-feira, 25 de maio de 2009

Homenagem à arte japonesa

O Ateliê Giane Casaretto preparou neste primeiro semestre uma forma de homenagear simultaneamente, com seu desempenho artístico e técnico, o centenário da imigração japonesa no Brasil e a pintura dessa cultura oriental.

No Corredor Arte do Hospital-Escola, 15 alunas de Giane e ela mesma expõem 25 telas nesta temática, até quarta-feira (27).

Em junho, o Ateliê comemora 18 anos de atividades, com sucesso crescente, sempre com muita capacidade de inovação e de inserção na comunidade.

Nesta escola, cada pintora tem ido encontrando suas linhas próprias e marcando estilos pessoais que gradualmente se fazem inconfundíveis. É a mão da mestra que convida os artistas a soltarem a imaginação e a autenticidade.

O grupo já se acostumou a homenagear datas importantes, grandes artistas e figuras da humanidade, em oportunidades que servem para ganhar conhecimentos e desenvolver novas técnicas.

O exercício consistiu em conhecer os modos em que o japonês retrata paisagens e detalhes da natureza. Traços simples, cores vivas, combinações sóbrias, poder de síntese - cada uma dessas maneiras peculiares do artista oriental foi tomada pelas pintoras dentro de seus estilos, já delineados no trabalho de vários anos (clique nas fotos para ampliar).

Lúcia Rizzolo obteve efeitos de textura áspera nos "Bambus", provocativos ao olhar e ao tato (foto 1).

As "Folhas" de Carla Borin são mais sutis e femininas, aproximando-se de um contexto orgânico e humano (foto 2).

Rosamélia Ruivo reproduz uma forma simples de ver um mundo natural, imenso e cheio de nuances (detalhe do "Díptico", foto 3).

Lilian Prates (abaixo) faz algo parecido, mediante uma linguagem abstrata de cores e vagas formas.

Todos os quadros se encontram à venda, a maioria por preços entre 80 e 120 reais. O mais caro neste grupo é a "Flor" (R$ 250), quase solene em sua simplicidade, de Maria Lúcia Drummond (foto 4).

Ante o trabalho que surgiu de uma inspiração comum, o espectador tende a maravilhar-se com a forma em que tal diversidade de resultados leva de volta à unidade original. Quando a percepção do espírito é profunda e a expressão é verdadeira, o efeito que se obtém é parecido à contemplação do Universo: cada detalhe é diferente do outro, mas se complementa com uma vibração unitária invísivel.
Fotos de F. A. Vidal (1-4).


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