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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Luminárias solitárias



As luminárias que estão sendo utilizadas em renovações urbanas em Pelotas são de um só modelo, mas, como é lógico, em cada lugar ganham aspecto e significado diferentes.

No Parque Dom Antônio Zattera (dir.), elas se misturam com as árvores e passam despercebidas durante o dia, especialmente com tempo nublado como foi neste domingo (24).

Sua forma parece desenhada para fazer parte de um bosque: talo alto e copa pequena, feita de luz em vez de folhas.

À noite é quando elas assumem sua função, enquanto as verdadeiras árvores dormem na sombra.

Já defronte ao Guarani (esq.), o mesmo tipo de objeto chama a atenção por seu contraste, parecendo um solitário visitante de um espaço estranho. Não que fique feio ou bonito, mas não consegue identificar-se com o ambiente.

Nesse trecho da Lobo da Costa, as árvores não existem nem serão colocadas, pois prejudicam a visão dos prédios. Entretanto, as luminárias antigas, bem mais altas e colocadas em postes, não foram retiradas; somente desativadas.

Nesse contexto, o desenho moderno mantém a funcionalidade à noite, mas de dia obtém um efeito de contraposição, e não de harmonia como no parque.
Fotos de F. A. Vidal.

Um comentário:

  1. Uma intervenção inadequada e desnecessária.
    Os postes atrapalham a visão do mais importante, ou seja, os prédios.
    Ocorreu uma mudança na paisagem centenária, ou quase centenária (O Guarany não tem 100 anos).
    Por que a obra?
    Que ganho teve a comunidade?
    Retornamos ao tempo de destruição do patrimônio histórico, mas, agora de forma dissimulada.

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