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sexta-feira, 17 de julho de 2009

Orquestra juvenil porto-alegrense

A Orquestra Infanto-Juvenil do Instituto Popular de Arte- Educação (IPDAE) [i-pe-dae] esteve em Pelotas na sexta-feira 3 de julho (esq.), abrindo uma turnê pelo Estado.

Dos 29 músicos da Orquestra, 22 vieram a Pelotas. Todos eles têm entre 12 e 19 anos e provêm da Escola de Música do IPDAE, que prepara um número bem maior de crianças e adolescentes.

Houve no Sete de Abril uma apresentação didática às 16h, e um concerto às 20h, que foi assistido por cerca de cem pelotenses. Após o mesmo, o grupo retornou a Porto Alegre, para na semana seguinte dirigir-se a Santa Maria, Nova Petrópolis, Passo Fundo e Novo Hamburgo.

O IPDAE é uma O.N.G., fundada em 1998 no bairro Lomba do Pinheiro, na capital do Estado, para motivar crianças e jovens à leitura, à arte e outros instrumentos educativos e culturais. O Instituto contém a Escola de Música (dir.), uma biblioteca, um Museu Comunitário, o Coro Infantil e a Orquestra. Há mais atividades: teatro, xadrez, cursinho pré-vestibular e apoio pedagógico.

A Escola e a Orquestra são dirigidas pela violinista Rosângela dos Santos (dir.), que prepara os arranjos musicais, e ensaia 10 horas por semana com os jovens, nos naipes e no grupo total. Os instrumentos são de cordas - violinos, violas e violoncelos - e de sopro: flautas doces em 4 registros e flautas transversais (esq.).

A diretora do Instituto, Fátima Flores, acompanha o grupo na turnê e explica ao público como a O.N.G. funciona; a divulgação inclui os espetáculos e o acesso ao site, tendo em vista motivar doações (veja Como colaborar). Além das duas diretoras, o Instituto tem vinte adultos na equipe técnica e uns quarenta voluntários.

Ao começar a música, percebe-se como a instituição funciona, o que pode ser um modelo para outros grupos: concentração disciplinada, esforço, compreensão do que se faz e espírito de equipe são fatores que despertam a admiração e o carinho dos espectadores.

Eles sabem muito bem o que fazem, perfeccionistas e obedientes à regente nos menores detalhes: entram e terminam em uníssono, e dão sentidos expressivos às diversas passagens. Num desempenho técnico de nível semiprofissional, obtêm sonoridades até mais limpas e afinadas que a Orquestra Filarmônica de Pelotas (faço a comparação, ainda que pareça injusta, somente para descrever a qualidade do som que nos foi trazido). Além de trechos renascentistas, barrocos e do folclore brasileiro, está em seu repertório o Trenzinho Caipira, de Villa-Lobos, peça orquestral que pode considerar-se difícil para um grupo iniciante.

Fotos de F. A. Vidal (1, 4, 5) e da web (2-3).

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