A série de colagens e recortes, mantendo a identidade do estilo de Madu, ganha um tom ainda mais romântico e onírico. Agora os conteúdos femininos, sonhadores e delicados, inundam também materiais e suportes das obras, como papel e tecido.
A nova combinação recorda os ares ingênuos da primeira metade do século XX e a faz presente e atual. O resultado pode ser o de um ousado artista europeu dos anos 20, ou de um gênio criativo que reconstitui algo que acreditávamos ser antigo e lhe dá traços inerentes a uma personalidade - e não a uma época.
Segundo o relatório de divulgação da mostra, o artista gaúcho usou páginas de livros envelhecidas e tecidos estampados para dar forma a sua poética, renovando assim o olhar sobre a sua própria arte. Em palavras dele:
Foi um processo lúdico de resgate e reciclagem do meu processo criativo.
Foi um processo lúdico de resgate e reciclagem do meu processo criativo.
Ainda segundo a informação publicada pela Completa Comunicação, o artista plástico acredita que - ao contrário da habitual rigidez das telas - os materiais ora usados possibilitam maior liberdade no processo de criação.
Se não der certo, posso colocar fora e refazer.
Se não der certo, posso colocar fora e refazer.
O papel e a técnica de colagem resgatam a gênese de Madu no desenho, e a exposição também traz à tona as criações que antes buscavam satisfazer apenas o íntimo do artista. Como ele mesmo declarou com otimismo, ao terminar 2009:
Este ano tive que produzir muito, mas para os outros. Agora senti necessidade de expor o que eu produzia para mim.
Imagens: Corredor Arte
Este ano tive que produzir muito, mas para os outros. Agora senti necessidade de expor o que eu produzia para mim.
Imagens: Corredor Arte
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