A pintura de Madu se centra nas mulheres e seu mundo, caracterizado por gatos, luas, estrelas e objetos de uso feminino.
Num detalhe da tela "Morada da Lua" (dir.), a mulher tem refúgio em seu castelo mas não deixa de admirar o mundo externo, cada um com suas particularidades luminosidades.
Na "Cidadela de Alice" (esq., detalhe), variação do mesmo tema, a personagem é mais extrovertida e ativa, como se todo o mundo natural lhe pertencesse e as várias casas estivessem incluídas dentro dela, como as estrelas no selvático cabelo. Madu não aborda diretamente o erotismo da mulher - que é uma pequena parte de seu mundo interno - nem o espiritualiza em abstrações, mas o focaliza em elementos concretos e em sensações de movimento, profundidade e até odores, sutilmente sugeridos nas telas.
O "Rodopio" (abaixo à dir.) tem um estilo gráfico diferente, mais onírico, menos naïf, que parece anunciar um novo Madu, mantendo os traços característicos do artista que já conhecíamos - ou acreditávamos conhecer.
Excepcionalmente encontramos homens em sua obra, mas eles também têm traços carinhosos ou sonhadores, como um poeta ou um São Francisco. Pessoalmente, ele se define, muito simples e sinteticamente, como
um artista do sul que adora cheiro de alecrim e terra molhada...
um artista do sul que adora cheiro de alecrim e terra molhada...
Na última imagem (abaixo) o homem parece ser o próprio artista, navegando num mundo que é feminino em si mesmo. A pintura se encontra em seu blogue Estrelário de Madu Lopes, aberto em maio de 2009. Há mais imagens na galeria de Madu no Flickr.
Nesta exposição, pode-se ver que os quadros não foram simplesmente postos nas paredes do Bar João Gilberto, mas harmonizam com aspectos noturnos e festivos do restaurante (esq.). Em ocasiões anteriores, observei a falta de entrosamento entre as pinturas e o ambiente do local, o que parece ser um traço especial de cada artista.
A propósito desta exposição, o jornalista Carlos Cogoy escreveu:
Jovem talento que tem se destacado pela criatividade temática, Madu diversifica sua arte. O feminino tanto está em telas, quanto nas esculturas. E as imagens evocam aspectos como ternura, sensualidade e espiritualidade. Em destaque, as cores que compõem o apelo de cada obra (Cogoy – Diário da Manhã 19/11/09).
Imagens: F. A. Vidal (1-4) e Madu Lopes (5)
Jovem talento que tem se destacado pela criatividade temática, Madu diversifica sua arte. O feminino tanto está em telas, quanto nas esculturas. E as imagens evocam aspectos como ternura, sensualidade e espiritualidade. Em destaque, as cores que compõem o apelo de cada obra (Cogoy – Diário da Manhã 19/11/09).
Francisco, adoro quadros de Madu desde a primeira vez que vi! Há um local de venda de seu trabalho?
ResponderExcluirAbraço, Liana.
Francisco, como uma "boa ansiosa" perguntei antes de tentar achar a resposta. Vi na nota anteriormente escrita por ti, um endereço com mais informações e assim encontrei contato de Madu. Imagino que no ateliê dele as peças estão à venda, estou certa?
ResponderExcluirObrigada por me dar a possibilidade de ver mais obras dele! Abraços.
Pois é, Liana, nesta nota tens mais duas referências: o blogue Estrelário e um álbum do Madu no Flickr.
ResponderExcluirNos próximos dias, veremos mais quadros, que estão por esta semana expostos no Hospital UFPel (Professor Araújo com Neto). São um pouco diferentes destes, mas têm a marca do Madu.