Ontem o anoitecer em Pelotas foi com aquele tipo de chuva indecisa, que não sabe se encharca ou simplesmente umedece. O público se divide entre os que precisam abrir o guarda-chuva e os que acham que o cabelo absorve os pingos.
A sexta-feira não convencia um casal de turistas nacionais de estarem num dia de verão, enquanto os pelotenses sabiam que, pelo menos, não se tratava do inverno, época bem mais fria. A Praça Osório ficou vazia como de costume em dias de chuva; é o sol que atrai o público diurno, e o ar cálido que traz o noturno.
Além do peculiar estado de umidade, os reflexos na água contrastavam com uma difusa luminosidade no céu, normal para um pôr-do-sol mas estranha para um entardecer chuvoso. O azul não era do típico céu sem nuvens, mas de uma nebulosidade tão alta que refletia algo dos últimos raios do dia.
Foram esses raios que formaram um notório arco-íris ao leste, visível por alguns minutos até que a noite finalmente se impôs.
A curva luminosa natural fez uma bela composição com o edifício Everest (abaixo).
Da parte alta da Barão de Butuí (dir.) uma curiosa formação de nuvens - com uma forma de disco voador no meio - era a base branca do feixe de cores. Um espetáculo sem muitos espectadores naquele momento.
Fotos de F. A. Vidal
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