Esta segunda-feira (24), a Fábrica Cultural Música pela Música acolheu mais uma apresentação do Sete ao Entardecer. O projeto municipal perdeu este ano o seu espaço natural, o Teatro Sete de Abril, fechado em março para restauração (ou reformas, não ficou bem claro) dias antes de os shows começarem.
A casa particular da Félix da Cunha dispõe de 150 cadeiras, capacidade bem menor que o Sete com lotação máxima (600 pessoas), mas na distância entre as duas salas - cerca de um quilômetro - é como se o público se reacomodasse: se no habitual horário das terças ocupava o Sete pela metade, agora, na Fábrica, se adapta ao lugar e aos shows específicos (são uns trinta por ano, sempre com músicos locais).
Neste que é o oitavo espetáculo de 2010, uma plateia de cerca de 50 pessoas escutou o som latino-americano da banda Feijão no Dente, em seu primeiro recital "grande".
Estudantes da Licenciatura em Música da UFPel, já com experiência tocando, criaram o grupo em julho de 2009. Sua primeira apresentação foi no projeto de extensão “20 pras
Segundo o vocalista Fagner Moura, o curioso nome foi escolhido justamente para criar surpresa e interesse. "Feijão no dente" pode sugerir muitas coisas, menos o que o grupo é: um divulgador de música popular brasileira e latino-americana, especialmente uruguaia e argentina. Os músicos não somente tomam diversas raízes (Atahualpa Yupanqui, Chico Buarque, Moraes Moreira) mas as mesclam em verdadeira fusão de ritmos e sotaques.
Nesta ocasião, a banda apresentou-se com Roberto Kittel (guitarra), Fagner Moura (violão e voz), Luiz Britto (cajón) e Ottoni de Leon (baixo), mais a participação especial de Lyber Bermudez na percussão e Fabrício Moura no bandolim. A partir da esquerda: Roberto, Fabrício, Lyber e Fagner. Acima à direita: Ottoni.
Fotos de F. A. Vidal
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