Domingo (15) a Diocese de Pelotas completou cem anos de fundação. A propósito da designação de Dom Jacinto Bergmann, publiquei uma nota sobre os cinco bispos diocesanos (leia). Para marcar o centenário, colocarei algumas obras de arte relacionadas com a Catedral de São Francisco de Paula.
O maior templo de Pelotas foi totalmente reformado quando a Diocese católica completava 40 anos. O financiamento proveio de quermesses e doações, organizadas pelo bispo. Dom Antônio Zattera entregou a nova Catedral em dezembro de 1950, na Missa de Natal. O altar de mármore foi inaugurado em agosto de 1951.
Entre os grandes vitrais, o que me parece mais interessante é o que representa o Pentecostes cristão, em que Deus se doa ao coração dos homens (Atos dos Apóstolos cap. 2). A imagem se encontra do lado norte do templo, próximo ao altar principal.
Nesta cena, os apóstolos aparecem reunidos em torno a Maria, quando os visita o Espírito Santo, representado por uma pomba (pela descrição de Mateus 3, 16). São doze homens, pois Judas já havia sido substituído por Matias (segundo Atos 1, 26). O dia de Pentecostes celebra-se 7 semanas após a Páscoa, na mesma data tanto para o judaísmo como para todas as denominações cristãs.
Os vitrais foram colocados em 1933 (leia histórico da Catedral) e restaurados em 2005, à base de contribuições da comunidade. Seguindo um costume da classe alta pelotense, os nomes dos doadores ficam expostos em cada obra e em cada restauração, como se fossem os autores. Em todo caso, não se pode dizer que essa prática tão humana infrinja o ensinamento de Jesus (segundo Mateus 6, 3), pois não se trata de uma esmola.
Imagens: F. A. Vidal
Gostei muito do teu blog
ResponderExcluirEstou procurando obras dos meu antepassados, e eles fizeram parte na construção da Catedral São Francisco de Paula me Pelotas, na confecção dos vitrais. Eles faziam também pinturas em azulejos, mosaicos e afresco. Inúmeras vezes eles não assinavam, que me dificulta encontra-las. Se souber de alguma informação, me avise por favor. As pinturas em afresco eram feitas pelo meu tio bisavô Joseph Veigel ele também pintava os vitrais. A partir da década de 50 meu tio bisavô Hans Veit assinava mais livremente ,seriam eles proibidos de assinas as obras?
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Cláudia
Cláudia, eu não sabia os nomes de teus antepassados, vou pôr atenção de agora em diante, especialmente na Catedral de Pelotas.
ResponderExcluirDeves saber que com a aparição do nazismo na Alemanha e até após a Segunda Guerra os alemães foram perseguidos na América, independente de ideologia. Igrejas luteranas foram queimadas, pessoas e famílias perderam bens e costumes. Sobrenomes foram mudados, até mesmo cidades com nome alemão foram adaptadas ao idioma português. É possível que alguns artistas não quisessem assinar com nome alemão, por segurança, ou até mesmo alguém lhes proibisse, não há como saber ao certo sem uma pesquisa detalhada.
Agradeço a dica, vou usar para cruzar os dados com as datas das construções. Em Santa Catarina isso também foi muito forte.
ResponderExcluirPelo que eu já pesquisei a primeira parte a Catedral feita pelas Veit e a segunda pelos vitralistas da Casa Genta. Este da tua foto é da Casa Genta, o que deferência seria as bordas da parte de cima quadradas e as dos Veit ovais.
Inúmeras vezes como os doadores, escoliam de quem comprar os vitrais as duas casa se juntaram em varias igrejas e catedrais, nem só mas igrejas católicas, o que acabou de uma certa forma padronizando os vitrais na época. Que me dificulta muito encontra-los.
Estas de parabém pelo teu blog muito atualizado.
Cláudia Schumann
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