Na reunião de hoje do ciclo de Encontros com a Filosofia, o professor Osmar Schaeffer (esq.) falou sobre o tema do perdão em Paul Ricoeur (abaixo), pensador francês contemporâneo, falecido em 2005. O palestrante trouxe notas mas não se limitou a uma simples leitura, para benefício dos ouvintes.
A reunião teve uma plateia menor que de costume, e pouco participativa no momento das perguntas. O dia lá fora teve ventos impiedosos, que derrubaram árvores e até casas, em Pelotas. Já de início houve um breve corte de luz, mas que não suspendeu o aúdio.
Ricœur era cristão calvinista e diferenciou o perdão de baixo nível - que comercia com as culpas e penitências - do perdão elevado, que repara os males e faltas num verdadeiro "hino sapiencial", que pacifica as relações e concilia os seres humanos numa corrente unitária.
Segundo o mesmo autor, o perdão é parente próximo do amor e, como este, apresenta três enormes dificuldades: de ser concedido a outros, de ser aceito quando ofertado, e de ser definido conceitualmente. Possivelmente haja outros obstáculos para perdoar, psicológicos e sociais, mas a conferência se concentrou somente no filósofo francês.
Para terminar a segunda edição deste ciclo, que é organizado por professores do mestrado em Filosofia da UFPel, o professor Robinson dos Santos exporá sobre "Albert Camus e o homem revoltado" (terça 21-09) e João Hobuss tentará esclarecer "o que Maistre tem a dizer sobre Rousseau" (terça 28-09), sempre às 17h30min em ponto.
Imagens da web (2) e F.A. Vidal (1)
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