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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Fotos cubanas e libres, até 14 de dezembro


Cuba Libre é a mais recente exposição de Eduardo Dévens, que inaugurou sexta (11) a nova Galeria Mirar, idealizada pela artista plástica Norma Alves no Centro Comercial Zona Norte, e dedicada exclusivamente à arte da fotografia.

A amostra inclui 30 imagens principais, um painel de 30 miniaturas, uma sucessão de mais de trezentas imagens exibidas num televisor e uma fotografia gigante que serve de cartão postal da Galeria (abaixo), junto à qual os visitantes podem ser fotografados.

Em junho passado, passeando por três cidades cubanas (La Habana, Cienfuegos e Trinidad), Eduardo (dir.) registrou centenas de imagens em poucos dias. O exercício de percepção e criatividade foi um desafio para a sensibilidade e a presença de espírito deste médico com vocação artística.

Cada um desses registros impressiona o espectador das mais inesperadas formas: pela rica composição estética, pelo interesse antropológico, pela diversidade interna do país visitado, por semelhanças sugeridas com o Brasil, por efeitos variados de sombra, cor e movimento, e pelos bem-humorados títulos.

Eduardo Dévens é atualmente o curador do Espaço Arte Chico Madrid, na Sociedade Sigmund Freud. Outros de seus trabalhos como fotógrafo estão expostos em anteriores postagens aqui no blogue.

A visitação de Cuba Libre é gratuita, e segue por quatro semanas, de terça a sexta (10-12h e 14-18h) e sábados (9-12h), com venda das fotos em vários tamanhos.
Imagens: E. Dévens (1) e N. Alves (2)

5 comentários:

  1. Não vi a exposição ainda, a foto exibida na matéria pareceu excelente, mas o nome escolhido é muito batido, não seria possível pensar um título menos óbvio?

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  2. Prezado anônimo, às vezes o óbvio é o melhor quando queremos despertar o interesse. No caso de Cuba, a expressão mais usada no mundo diz respeito à bebida Cuba Libre que se popularizou antes mesmo de Fidel, Che e seus charutos. Por isso a escolha do nome. Mas agradeço sua crítica mesmo assim e pensarei melhor numa proxima exposição. Porém, os nomes das obras ficaram bem mais interessantes. att. Eduardo Devens

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  3. Como os pelotenses em geral não sabem muito de Cuba, é preciso começar pelo mais usado e óbvio. A maioria dos brasileiros também não vive além do próprio umbigo. O bom é que o espectador desta exposição não deixa de surpreender-se com mil detalhes.

    Alguns dos nomes das fotos:
    Ordem e regresso,
    Rádio relógio
    Gremistas e colorados.

    Pelotas também é conhecida por estereótipos como as charqueadas e os casarões, dos quais estamos cansados mas que são os fatores que atraem os turistas.

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  4. O nome Cuba Libre foi criado por norte-americanos que pretendiam libertar Cuba da Espanha, ao redor do ano 1900. O país livre do europeu era um país com coca-cola, símbolo americano. América era a terra da liberdade em relação às perseguições que havia na Europa. Unir a bebida cola ao rum cubano representou essa "nova amizade". Depois a liberdade com os EUA passou a custar mais caro aos cubanos.

    Mas o nome sempre teve, e ainda tem, muita força sonora e simbólica, e ficou consagrado numa receita de bom sabor e visual: copo longo com gelo e limão, mais rum claro cubano e bebida cola americana. Nem os comunistas rejeitam a fórmula; somente atribuem outro significado (Cuba livre dos americanos).

    No coquetel de abertura desta exposição serviu-se Cuba Libre, e não usar o nome não teria dado tanta graça e coerência ao conjunto.

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  5. Eliana Bittencourt19/11/2011, 01:39

    A exposição está MARAVILHOSA. O olhar transformador do artista, Eduardo Devens, impressiona, comove, acalenta a alma e o coração. Senti-me em Cuba, nas suas ruas, nas casas, nos carros ... e em contato com o povo. Foi muito bom para mim. E, particularmente, adorei o nome da exposição, extremamente adequada as fotos apresentadas. Parabéns Eduardo.

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