O corpo de jurados esteve composto pelo vice-prefeito, Fabrício Tavares (coordenador da programação dos 200 Anos de Pelotas), e os músicos Daniel Zanotelli, Eduardo Varela, José Francisco da Luz e Osmar Edy Pereira Cardoso. O concurso foi promovido pela Coordenação dos 200 Anos em parceria com o Curso de Produção Fonográfica da UCPel (veja a notícia de fevereiro).
A primeira estrofe (leia abaixo) fala diretamente da beleza da Igreja Anglicana do Redentor (esq.), templo centenário que coberto de hera muda de cor em cada estação do ano.
Uma alusão indireta ao Café Aquários recorda o agrado de conversar com os amigos, querendo arrumar o mundo num dia, sem hora para terminar. De fato, o local concentra os maiores conversadores (homens) da cidade, há cerca de 55 anos.
Internautas mais críticos do que amigos questionaram a segunda estrofe, do ponto de vista histórico (leia os comentários): as pelotas não teriam transportado guerreiros, sob pena de desfazer-se elas em sua fragilidade. Mas a letra especifica que a tal luta era de longo prazo, "para conquistar riquezas, progresso e educação".
E os "usurpadores cruéis" quem teriam sido? Os espanhóis que ocuparam Rio Grande, os farrapos, os charqueadores, os capitalistas dos frigoríficos? Poderá ser uma licença poética, mas para quem ouve perguntas de turistas é importante ter alguma clareza além do mistério e das lendas que rodeiam 200 anos de fantasmas e contradições. Seja a canção um estímulo para conhecer-nos melhor em nossos defeitos e qualidades (clique no botão play para ouvir).
PELOTAS, 200 ANOS
Marco Aurélio M. do Nascimento
É teu bicentenário, Pelotas!
Saio feliz pelas ruas e olho em volta.
O tempo mudou tua cara, teu corpo,
mas não mexeu com teu coração:
Princesa não perde a nobreza, inspira poesia e canção.
Saio feliz pelas ruas e olho em volta.
O tempo mudou tua cara, teu corpo,
mas não mexeu com teu coração:
Princesa não perde a nobreza, inspira poesia e canção.
I
Como é bom andar pelas calçadas e olhar teus casarões,
A igreja lá da Quinze, que continua vaidosa
Mudando a cor da roupa em todas as estações,
Abraçar amigos de tanto tempo que sempre foram de fé,
Com quem me encontro todo dia à tardinha,
Tentando mudar o mundo, num papo lá no café.
II
O teu nome com orgulho foi tirado de uma rude embarcação
Que transportou guerreiros numa luta incessante,
Para conquistar riquezas, progresso e educação.
Ah, Princesa! Usurpadores cruéis levaram bens materiais,
Mas tua alma linda, tua cultura e tradição
Ninguém conseguiu roubar nem conseguirá jamais.
Fotos: F. A. Vidal (1) e PelotasVip (2)
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