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sexta-feira, 8 de março de 2013

Fevereiro de 2013 no Corredor Arte


No mês passado, o Corredor Arte inaugurou duas mostras consecutivas. A primeira foi uma exposição das artistas Nely e Letícia, e pôde ser visitada até 18 de fevereiro de 2013 (comentário abaixo).

Posteriormente, foi aberta uma coletiva do grupo “Arte e Talento”, do SEST-SENAT, a qual ainda pode ser visitada, até segunda que vem (11 de março). Trata-se de 22 óleos que representam paisagens, animais, flores, casarios e figuras humanas.

A pintura da Catedral Metropolitana São Francisco de Paula (acima), de Guiomar Neves, é uma das mais chamativas. O ponto turístico representa o "ponto zero" de Pelotas, onde a urbanização começou, após 1812. A arquitetura da Catedral como a conhecemos hoje é de uma grande reforma, que foi terminada em 1950.

Parte do grupo Arte e Talento
Assinam as obras a instrutora Guiomar Neves e dez alunas: Márcia Dietrich, Ivone Iunes, Vera Sá, Maritza Caravalho, Mariana Pimentel, Iria Knopp, Marly Nascimento, Cláudia Menezes, Cleusa Carvalho e Beatriz Portella.

O SEST-SENAT tem uma direção comum mas são duas entidades: o Serviço Social do Transporte e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte. Ambas com finalidades parecidas, buscam valorizar os trabalhadores do setor de transporte, seja na área do bem-estar social (saúde, cultura, lazer e segurança no trabalho), seja na formação profissional dentro do setor.

Nely Rodeghiero e Letícia Tessmann já haviam exposto no Corredor Arte mas voltaram em fevereiro passado. As duas contrastam pela personalidade e pelo tipo de trabalhos que apresentam, mas se parecem pela energia pessoal e pela grande produtividade.

Letícia Tessmann de Castro (esq.) conta que sempre se interessou pelo artesanato e em especial pelas mandalas.

Estes símbolos místicos representam a busca do equilíbrio, harmonizam o ambiente e conseguem atrair e alegrar as pessoas. As obras são feitas de materiais diversos, como pedras, papel, semente e texturas.

Diz Letícia que todas as mandalas emitem energias positivas e cada uma tem um significado especial para ela. “A energia é plenamente perceptível pelo nosso inconsciente, o que estimula mudanças e melhorias no local”, explica.

Nely Rodeghiero começou a pintar como meio terapêutico e não parou mais, sempre inovando em técnicas e materiais. Desta vez ela trouxe telhas pintadas com imagens de Pelotas. “Eu pinto para não ter de comprar remédios depois”, ela comenta, com uma felicidade que se dispõe a compartilhar com todos.

Telhas pintadas por Nely Rodeghiero
Nely já expôs sua variada produção em múltiplos locais, de clubes a universidades. O Hospital Escola é uma opção bem particular. “Um hospital é um ambiente que precisa de alegria, de uma perspectiva de dias melhores para os pacientes. Espero ajudar quanto a isso”, deseja a pintora.

Com o Corredor Arte se estabelece uma relação positiva entre todos os envolvidos: os artistas, os visitantes e o Hospital.

Quem está expondo, além de ter o espaço para sua obra, exerce um importante papel social ao contribuir para a melhoria do ambiente de um hospital totalmente destinado ao SUS. O público espectador, que geralmente não tem oportunidade de conhecer manifestações artísticas em museus ou galerias, pode sempre apreciar pinturas, desenhos, fotografias e gravuras. E o Hospital Escola, em sintonia com o que preconiza a Política Nacional de Humanização do Ministério da Saúde, há doze anos, transforma, através da arte, um corredor de entrada em um espaço de ideias, percepções e sentimentos.
Imagens: Corredor Arte

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