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quinta-feira, 30 de maio de 2013

Rio de Sangue, na charqueada

Rio de Sangue é um espetáculo montado pela Cia. de Dança Afro Daniel Amaro, com base na história do negro no Rio Grande do Sul, especialmente em Pelotas, onde existiu a cultura do charque, desde fins do século XVIII até inícios do século XX. Os escravos trazidos da África no anos de 1779 e 1780 contribuíram decisivamente, ainda que de modo forçado, para o enriquecimento econômico e cultural da região, gerando assim um rio de sangue e sofrimento que se estende até nossos dias.

O espetáculo propõe uma análise da alma da cidade, enfocando o simbolismo do sal e do enxofre, presentes na história da indústria do charque e nos tradicionais doces pelotenses. Desde o olhar negro daqueles que aqui nasceram e através do movimento da dança afro, o grupo pretende recontar a história de uma Pelotas negra, feita não só do doce, mas também do sal. O simbolismo do sal e do enxofre na história de Pelotas foi explicado pela psicóloga Rose Mary Kerr de Barros (veja nota), que atualmente segue o curso de formação como analista no Instituto Junguiano do Rio Grande do Sul.


O espetáculo de dança tem montagem única no Teatro Guarani, no sábado 8 (v. cartaz).

Antes disso, haverá dois ensaios ao ar livre, abertos ao público, na Charqueada São João (sábado 1 e domingo 2). Agendar presença pelo fone: 3228 2425 ou pelo sítio virtual da charqueada (link acima).

Intérpretes e bailarinos: Anderson Martha, Carolina Paz, Carolina Rodrigues, Cauã Kubaski, Fernanda Chagas, Janaína Gutierres, Jaqueline Vigorito, Karina Azevedo, Lisia Peixoto, Paula Farias, Thomas Marinho, Thuani Siveira.

Outros artistas e técnicos: Júlio Barbosa (figurino e cenário), Neco Tavares (fotografia), Roger Terres (edição de imagens), Fabiana dos Santos e Victória Amaro (assistentes de direção), Iver Folha e Douglas Passos (contra-regra), Mano Amaro (coreografia) e Daniel Amaro (coreografia e direção artística).
Imagem: divulgação 
Informação: Dalida Artística

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