Nathanael visitou o Cemitério da Consolação, o mais antigo da cidade de São Paulo, criado em 1858, hoje uma cidade de monumentos no meio de uma imensa metrópole. O nome do bairro tem uma intensa relação de significados com a arte, a vida e os sepultamentos.
Para os pelotenses, estas imagens e o poético texto nos remetem à arte tumular do cemitério São Francisco de Paula, fundado em 1855 (veja a postagem neste blogue No cemitério antigo, a arte da lembrança e do esquecimento).
Para os pelotenses, estas imagens e o poético texto nos remetem à arte tumular do cemitério São Francisco de Paula, fundado em 1855 (veja a postagem neste blogue No cemitério antigo, a arte da lembrança e do esquecimento).
Não deixes a vida te perguntar o que te espera
Não esperes que esperanças caibam em vasos
Deixa a memória da família descansar naquele espaço
Não por acaso ... o símbolo do que aniquila
Não faças questão de descansar naquele lado
Pois a vida só é vitória se for sentida com glória e louvor
Não faças ... então
Estamos aqui enquanto estivermos
E ponto final/finalizador
No dormitório afinal terás consolação
Arte sepulcral [do começo enfim]
A arte sempre manteve ligações profundas com a representação de carinho e lembrança, direcionada aos mortos.
Túmulos adornados, jazigos perpétuos abrigando anjos, estátuas e saudades desajustadas e mal choradas/chorosas.
Famílias tipográficas desenvolvidas para adornarem o nome dos seres queridos que partiram.
Todo cemitério é um pouco museu a céu aberto. Em qualquer cidade. Todo o dormitório, dos nossos mortos, merece adorno e afeição. Merece bronze e identificação. Merece um título e uma frase.
Imaculadas orações em céu ornamentado. Repito: ADORNOS, pois nós os adorávamos.
Repito arte, pois, nós os retratamos para nunca esquecermos de lembrá-los.
Ao caminharmos na morada final dos nossos mortos, vemos a presença do tempo, dos gostos e das fotografias e suas faces estampadas/gravadas em sepulcros. Nossos entes partiram, mas suas imagens estão lá com nome e epitáfio.
São nossos laços. É nossa memória enquanto comunidade e pessoas. São nossas saudades e intenções.
A arte sepulcral diferencia os enterrados. Carrega em si símbolos indicativos de quem ela representa. Pode ser pomposa ou singela e humilde.
E eis que procurei comparativos na Consolação. E eis que só encontrei arte representativa de uma sociedade simbólica.
Túmulos adornados, jazigos perpétuos abrigando anjos, estátuas e saudades desajustadas e mal choradas/chorosas.
Famílias tipográficas desenvolvidas para adornarem o nome dos seres queridos que partiram.
Todo cemitério é um pouco museu a céu aberto. Em qualquer cidade. Todo o dormitório, dos nossos mortos, merece adorno e afeição. Merece bronze e identificação. Merece um título e uma frase.
Imaculadas orações em céu ornamentado. Repito: ADORNOS, pois nós os adorávamos.
Repito arte, pois, nós os retratamos para nunca esquecermos de lembrá-los.
Ao caminharmos na morada final dos nossos mortos, vemos a presença do tempo, dos gostos e das fotografias e suas faces estampadas/gravadas em sepulcros. Nossos entes partiram, mas suas imagens estão lá com nome e epitáfio.
São nossos laços. É nossa memória enquanto comunidade e pessoas. São nossas saudades e intenções.
A arte sepulcral diferencia os enterrados. Carrega em si símbolos indicativos de quem ela representa. Pode ser pomposa ou singela e humilde.
E eis que procurei comparativos na Consolação. E eis que só encontrei arte representativa de uma sociedade simbólica.
Nathanael Anasttacio
Fotos: N. Anasttacio
Pelotas eh arte, cultura e historia!! Obrigada pelo resgate!
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