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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Acorda, Adalgisa

Na comemoração do quinto ano deste blogue, a reunião foi aberta musicalmente por um trio de professores do Conservatório de Música da UFPel, que interpretaram trechos para flauta e violão, como "Acorda, Adalgisa" (vídeo abaixo). Na ocasião, os músicos Raul Costa D'Ávila, Ivanov Basso e Márcio de Souza se valeram somente de repertório popular (Seresta Sertaneja, Rosa do Sertão, Celina e Acorda Adalgisa), numa evocação dos antigos saraus, o que muito agradou aos presentes.

Gravado em 18 de junho passado no Casarão nº 6, o vídeo vem agora homenagear os 95 anos da escola federal, fundada em 18 de setembro de 1918 como Conservatório de Música de Pelotas. Sua sede original, antigo casarão da Félix da Cunha com Sete de Setembro, não comporta mais o funcionamento universitário. Aulas e recitais se repartem em diversas sedes do Centro de Artes ou em outras salas da cidade. O Salão Milton de Lemos, hoje interditado, foi, desde 1940, o único espaço de Pelotas dedicado exclusivamente à música erudita.

De autor desconhecido, a letra (confira abaixo do vídeo) parece dizer-nos: Acorda, Pelotas, deixa de chorar e sonhar e vem viver a tua vocação e a tua felicidade.


Acorda, Adalgisa, que a noite tem brisa, vem ver o luar.
Vem ouvir os cantos, tão cheios de encantos, que vêm lá do mar.
São os pescadores, que cantando amores, se vão barra afora,
Remando a falua, ao brilhar da lua, na propícia hora.

Acorda, donzela, pois que a noite é bela, tem dó de mim.
Que ao dormir esquece quem por ti padece tormento sem fim.
A voz que te chama é de quem te ama, é de um trovador,
Que geme e suspira, nas cordas da lira, pedindo-te amor.

Acorda, Adalgisa, que a noite tem brisa, sob um céu de anil.
Passa a brisa mansa, qual gentil criança, só pensando em ti.
Vem ouvir os cantos que são os prantos deste teu cantor,
Que vive sonhando, que vive pensando em teu doce amor.
Fonte da letra: Kboing

Um comentário:

  1. Sou testemunha ocular e auditiva dessa excelente apresentação, mostra do que temos de melhor: talentos em todos os campos da Arte.
    Pelotas é ventre fecundo de modalidades várias, que, tivéssemos uma visão mais competente do que é turismo, nossa economia seria das mais pujantes do país.
    Assistimos a shows barulhentos, com sacolejos vulgares, falas que apenas mostram a pobreza de grande parte de quem as compõe, com grande divulgação na mídia.
    O que estamos esperando para divulgar talentos incrustrados em nossa tradição nas belas artes?!
    Foi, sem dúvida, uma noite em que o chuvisco e o frio, contentaram-se em fazer parte da noite de quem aprecia o belo, o talento, e a cidade em que vive.
    Pelotas merece!
    Abraço fraterno, prof.ª Loiva Hartmann

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