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sábado, 28 de setembro de 2013

"O Renascimento do Parto" poderia vir a Pelotas


"O Renascimento do Parto" é um documentário que questiona a realidade obstétrica no Brasil e no mundo, e defende nascimentos mais humanos e menos traumáticos (v. sítio do filme e página no Facebook). O projeto iniciou com financiamento exclusivo dos criadores, e optou pelo financiamento coletivo, para pagar os custos iniciais e para aumentar a divulgação. O filme está motivado por uma causa internacional, em prol da paz e de uma humanidade com melhor saúde e mais harmonia.

O longa-metragem surgiu no circuito comercial em 9 de agosto de 2013 e mediante ações virtuais já chegou à oitava semana em 30 cidades brasileiras, com cerca de 25 mil espectadores, sem ter contrato com redes de exibidores, somente com uma distribuidora. As "ações virtuais" incluem, além de um bem-sucedido crowdfunding, recados pessoais no Facebook e telefonemas aos donos de cinemas.

Os cineastas são o casal brasiliense Érica de Paula e Eduardo Chauvet (foto abaixo). Ela é psicóloga, doula e acupunturista e ele, apresentador do SBT, com formação em cinema (leia entrevistas com Érica para o blogue Mamatraca e a Revista TPM).

Eles dizem que só se requer boa vontade para promover a exibição do filme em qualquer cidade do Brasil (leia a explicação). Não há recompensas em dinheiro, mas sim a alegria de contribuir a uma causa justa.

Portanto, "O Renascimento do Parto" também poderá ser visto em Pelotas se alguém tomar a iniciativa de conseguir a sala de cinema e pedir a cópia aos diretores. Há 4 semanas já existe uma campanha inicial mediante a comunidade Eu quero o Renascimento do Parto em Pelotas.

O filme já foi inscrito em 4 festivais internacionais (EUA, China e Venezuela), proximamente será exibido na TV aberta e, mais adiante, ficaria disponível em DVDs. Mas pretende, antes, ser visto no cinema em mais cidades do Brasil.

Érica e Eduardo
No documentário, que defende a gestação consciente e do parto natural, alguns especialistas explicam as mais recentes descobertas científicas, que têm mostrado uma civilização que nasce sem os chamados "hormônios do amor", liberados apenas em condições específicas de trabalho de parto. 



Por exemplo, a psicóloga Laura Uplinger (filha de brasileiros e licenciada na Sorbonne), diz: "O nascimento clássico hospitalar traz, com a primeira transição forte de vida, a marca da violência" (v. entrevista na TV argentina em 2011).

No mundo moderno há um número alarmante de cesarianas ou de partos com intervenções violentas e desnecessárias, contrariando o que é recomendado hoje pela ciência (a OMS admite 15% de cesarianas num, país). Tal situação traz sérias consequências perinatais, psicológicas, sociais, antropológicas e financeiras (veja mais sobre o projeto no sítio Benfeitoria).


Fotos: Carol Dias (FB), GPS Brasília

POST DATA
22-10-13
Diário Popular publicou a reportagem Cesarianas viram epidemia e chamam à reflexão.

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