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Escura multidão de nuvens veio do sul e desparramou água fria e gelo picado. |
Nesta sexta franciscana (4-10), a Mãe Natureza e a Irmã Chuva se deixaram cair nas zonas sul e leste do Estado. Nuvens carregadas trouxeram vento e água, e lançaram abundante granizo em certos pontos, como Pelotas, São Leopoldo, Esteio, Teutônia, Veranópolis, Caxias do Sul e Bento Gonçalves.
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Granizo acumulado é fenômeno raro (Pablo Torres) |
Em Pelotas, a chuva alagou alguns focos costumeiros ao longo da cidade. O fenômeno de água com gelo entupiu calhas num campus da UFPel, deixando-as como geladeiras (v.
notícia).
As pedrinhas caíram em maior volume no centro da cidade e bairros próximos (Porto e Simões Lopes), chegando a acumular-se umas sobre outras. A maioria delas derretia, mas às vezes virava gelo, durando até o dia seguinte.
Segundo os bombeiros de Pelotas, as pedrinhas não passavam do tamanho de ervilhas (leia em ZH
Granizo atinge Pelotas). O estranho foi que a temperatura geral no chão sempre esteve entre 10 e 15 graus, bem longe do ponto natural de congelamento, o zero.
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Granizo em Pelotas (Horacy Fagundes) |
Na esquina do Café Aquários, o vento derrubou palmeiras e deixou as ruas desertas por uns minutos, prendendo o público nas lojas. Habitualmente os pelotenses andam sem guarda-chuvas e se molham na chuva, sabendo que ela não machuca e dura poucos minutos. Mas desta vez o granizo castigou os mais atrevidos.
Alguma "chuva de pedra" ocorre quase todos os anos, mas, em vez de admirar o acontecimento natural, nos queixamos por percalços mínimos ou nos assustamos, como se o mundo fosse acabar com a interrupção da rotina. Reações desproporcionadas ocorrem por aqui quando surge algo muito diferente (por exemplo, inauguração de um
shopping, ou mudança de lugar da Feira do Livro).
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Por uns minutos, a chuva pegou forte e danificou até carros (Nauro Júnior) |
Fotos: De Olho no Tempo (1, 3), Metsul (2), Nauro Jr (4)
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