Há um ano, assumiu a Prefeitura Municipal um projeto de continuidade política com avanço em qualidade administrativa. Além de sua talentosa juventude, o novo prefeito trouxe como característica a presença constante do inseparável casal de governo (Eduardo e Paula), marca que atraiu os eleitores em 2012 e segue servindo como amenizador das tensões naturais do cargo.
O lema de campanha "a cidade em boas mãos" não aludia à continuação mas à requalificação do governo. Esta administração deveria ser "do nosso jeito", sem se popularizar demais. No primeiro ano, houve um ajuste das novas equipes, com algumas inaugurações e maior fiscalização de normas, mas no geral se percebe uma caída na qualidade dos serviços. Na Cultura, pode-se dizer que melhorou muito a relação do Executivo com o CONCULT; por outro lado, espera-se uma solução para os crescentes atritos com os carnavalescos e com os livreiros.
Leia outras duas opiniões: a paciente e diplomática crítica O primeiro ano de Leite e a mais radical Um ano só de pompa e circunstância. Recorde a sonhadora letra do jingle de campanha da coligação de Eduardo e Paula (abaixo). Em 2016 teremos a avaliação final.
O lema de campanha "a cidade em boas mãos" não aludia à continuação mas à requalificação do governo. Esta administração deveria ser "do nosso jeito", sem se popularizar demais. No primeiro ano, houve um ajuste das novas equipes, com algumas inaugurações e maior fiscalização de normas, mas no geral se percebe uma caída na qualidade dos serviços. Na Cultura, pode-se dizer que melhorou muito a relação do Executivo com o CONCULT; por outro lado, espera-se uma solução para os crescentes atritos com os carnavalescos e com os livreiros.
Leia outras duas opiniões: a paciente e diplomática crítica O primeiro ano de Leite e a mais radical Um ano só de pompa e circunstância. Recorde a sonhadora letra do jingle de campanha da coligação de Eduardo e Paula (abaixo). Em 2016 teremos a avaliação final.
Eu quero uma cidade diferente, um lugar pra morar que tenha a minha cara
Eu quero um prefeito coerente, que seja da nossa gente, uma cidade que não para
Eu quero um porto seguro, um descanso verdadeiro, eu quero a renovação
Eu quero acordar pra mais um dia, confiante que a cidade está em boas mãos
Eu quero ver acontecer, menos perguntas, mais respostas
Eu quero poder dizer que eu sou feliz por viver em Pelotas
Eduardo, nosso prefeito,
Eduardo e Paula, do nosso jeito
Eduardo 45 com você,
Eduardo e Paula juntos vamos vencer
Eduardo e Paula, do nosso jeito
Eduardo 45 com você,
Eduardo e Paula juntos vamos vencer
Eduardo é a voz que destoa da mesmice, tem ideias e está pronto pra transformar
É a renovação pra mudar nossa cidade, a vida vai melhorar
Eduardo é um cara simples, ele pensa diferente, com coragem vai cuidar da nossa gente
Com Eduardo ganho em tudo, eu não perco nada
Pois é... eu também acreditei na possibilidade de uma nova administração. Mas, ao que parece, o Homem é prisioneiro da Máquina Pública, que o ajudou a se eleger. São os mesmos nomes que se lê no Jornal, dizendo o que sempre disseram sobre por que falta luz, falta água, etc. Se as 'lentes' são as mesmas e viciadas as mentes que olham as saídas, como poderíamos nós (e as autoridades eleitas), esperar a saída do grande labirinto que é a maquina administrativa pública?
ResponderExcluirSim, muitos acreditaram e creio que muitos seguem acreditando em renovações. O sinal disso foi dado em 2012, nas baixas votações para nomes antigos e boas votações para nomes novos.
ResponderExcluirOutro sinal pode ser que o público votante quer diferenciar o "jeito de administrar a máquina pública" do "jeito de ser" da pessoa do político.
O primeiro não muda muito, e até requer nomes repetidos para guiar um barco velho e colapsado (faz lembrar os astronautas antiquados no filme Space Cowboys, que vieram do passado para salvar a pátria).
O segundo jeito é a personalidade da figura pública, que o povo busca desesperadamente numa massa de palhaços, vaidosos e corruptos. é aqui que vale a pena esperar e valorizar o estilo Leite (como também o estilo de outros políticos jovens). Aí lembra o que se vê no filme Ender's Game, ainda em cartaz.
Algumas marcas que Eduardo já mostra são o uso das aparições públicas, o forte sentido de união com a vice-prefeita, o desejo de conciliação de conflitos, cortes em gastos internos, e o apego às formalidades éticas e legais.
Importante falha a ser corrigida: falta de sintonia entre os diversos secretários e assessores, num conjunto heterogêneo demais.
Analisando os comentários que me antecederam, percebo a maturidade de constatar que apenas a eleição não conseguirá realizar mudanças.
ResponderExcluirMas, o fato de Leite seguir as normas legais (que, na maioria das vezes apenas atrasam as soluções, a burrocracia, com dois rr, é a grande chaga em todo o país), evitará inúmeros processos. A dupla competente e determinada que comanda o paço municipal, mostra grandes qualidades, observadas nas cidades que avançam em direção ao progresso: os bons projetos do governo anterior têm seguimento normal, como deve ser! O grande problema são as indicações políticas. Passou da hora dos partidos serem responsabilizados pelo despreparo de seus indicados.
Temos uma nova direção na Câmara Municipal: a maioria dos eleitos, têm vasta experiência. Que isso seja usado para aconselhar, apontar falhas e acertos nos projetos para nosso desenvolvimento. E não para picuinhas, oposição por oposição. Isso é atraso, mediocridade.
E que, para as eleições que se aproximam, os partidos tenham a inteligência e a dignidade de selecionar a "abundância" de candidatos. O povo nas ruas mostrou claramente que está enojado e farto de negociatas.
Que o ano que se inicia, consolide alguns avanços, traga energia para mais mudanças e realizações. Temos tudo para forjarmos brilhante futuro!
Grande ano aos caríssimos dirigentes de nossa querida e ímpar cidade, que merece o que temos de melhor.
Abraço fraterno a todos. Prof.ª Loiva Hartmann
Eis o texto do primeiro link (a crítica diplomática).
ResponderExcluirO primeiro ano de Leite
Rubens Filho
Amigos de Pelotas 02.01.2014 - 08H58
Pensei em fazer uma análise sobre o primeiro ano da Administração de Eduardo Leite. Não por mal, perdi a vontade... Como cidadão, cheguei naquele ponto em que torço para que o bacharel em Direito ou qualquer outro em sua posição tenha um ótimo desempenho. É só o que posso desejar, mesmo trabalhando em jornalismo, esta atividade compreensivelmente, com frequência, incompreendida.
É certo que não depende só dele. Depende também de vereadores e da sociedade, que, na maioria, infelizmente, não parece interessada em participar do processo decisório.
A passeata de junho de 2013, que reuniu 10 mil pessoas na rua em Pelotas e poderia se ter convertido em movimento organizado, refluiu para o vazio. No dia da passeata, por ex., entregaram ao prefeito um documento reivindicando licitação no transporte público e benefícios adjacentes, mas até aqui não tivemos concorrência no setor, um adiamento que atravessou o Governo Fetter e alcançou o primeiro ano do governo atual.
O tempo biológico do cidadão é mais acelerado do que o das autoridades públicas. Esse descompasso desanima e faz descrer dos políticos, mesmo dos bem-intencionados, como parece ser o jovem Eduardo, que ainda tem tempo para nos surpreender com uma gestão acima da mediocridade, como Pelotas merece.
A atividade de jornalista obriga-nos a desconfiar da própria sombra, fazer o exercício saudável da paranoia, sobretudo em relação à instância pública, correndo o risco de soar antipático, até injusto. Tento não ser injusto nem relapso profissionalmente. Sendo assim, poderia ao menos resumir minha 'não-avaliação' dizendo que, nesse primeiro ano, a realidade ficou aquém da expectativa. Talvez seja sempre assim, a realidade sempre ficará aquém dos nossos sonhos e necessidades. O certo é que aquele prefeito que iniciou com grande disposição, reagindo rápido com medidas locais ao incêndio na boate kiss, com o tempo parece se ter contido diante das limitações do cargo e demais instâncias públicas das quais depende, adotando ritmo menos impetuoso, mais prudente. Arriscando além, diria que sua gestão se fez notar mais por ações de impacto lúdico e sensorial, como as águas dançantes do chafariz, e menos por ações estruturantes em áreas essenciais, como Educação e Saúde, embora nesta tenha obtido avanços no setor de Atenção Básica.
Há quem pense que não é possível fazer muito diante da baixa receita do município. Como os prefeitos anteriores e os que virão, Leite estaria condenado a correr atrás de verbas federais, estaduais e de organismos de fomento para tentar fazer o impossível, mesmo porque a demanda por soluções é superior às possibilidades de resolvê-las satisfatoriamente. Como um Sísifo moderno, estaria sentenciado a enxugar gelo por todo o mandato.
É cedo para santificá-lo ou demonizá-lo. Provavelmente não seja caso nem de uma coisa nem de outra. Creio que algo podemos dizer com certeza: Leite ainda está devendo realizações à altura da modernidade que inspirou em sua campanha, como, para ficar num exemplo citado, a licitação do transporte coletivo, abrindo, enfim, uma caixa-preta que se arrasta por décadas.
A análise impaciente de Manoel Magalhães:
ResponderExcluirUm ano de pompa e circunstância
2-1-14
A simpática dupla Eduardo Leite e Paula Mascarenhas, respectivamente prefeito e vice-prefeita de Pelotas, estão à frente da "máquina" administrativa do governo municipal há um ano. Atenderam as expectativas do eleitorado? Alguns aprovam e outros desaprovam. Estou no time daqueles que desaprova. Eles não conseguiram, neste ano, cumprir o que prometeram. Por exemplo: a queda nos serviços prestados pelo Paço Municipal é acentuada. O que mudou, na verdade, foi o jeitão diferente de governar do prefeito, aparentemente mais próximo do povo. Só aparentemente. O sorrisão de galã ajuda a enganar. E sobrevém a ilusão de que estamos sendo bem geridos. Não estamos, na verdade.
No campo cultural, por exemplo, a "grana" do Procultura foi cair nas mãos de algumas figurinhas carimbadas. Muito projeto interessante foi recusado a pretexto de não haver atingido a média exigida. Que média é essa, afinal? Nunca ficou claro os critérios de seleção. E a Feira do Livro no Mercado?! Nada contra o Mercado Central, que está um primor. Mas foi um desastre! Um capítulo que precisa ser esquecido na história da feira.
Portanto, não fiquei satisfeito com o primeiro ano da dupla no Paço Municipal. A cidade esperava mais. Afinal, chegaram à vitória com pompa e circunstância, deixando boas expectativas no ar. Esperamos 2014.