A partir dos anos 60, as feiras de livros se fizeram uma tradição em muitas capitais e se estenderam a cidades menores. Nos países de raiz hispânica, onde as tradições literárias também são antigas, essas feiras comerciais se agigantaram, e se tornaram eventos sociais, artísticos e midiáticos. No final do século XX, elas se viram rodeadas por feiras paralelas de artesãos, artistas de rua, poetas jovens, escritores autoeditados e outros excluídos dos sucessos de vendas.
Com o tempo, tais criadores alternativos ousaram superar o parasitismo (em relação aos eventos oficiais) e organizaram-se num movimento, que foi sendo alimentado indiretamente por certos grupos ideológicos (populistas, pacifistas, socialistas ou anarquistas).
O movimento internacionalizou-se com o nome de FLIA (Feira do Livro Independente e Autônoma). Sobre a letra A existe uma diversificação no uso, podendo significar: Autônoma, Alternativa, Autogestada (v. definição da FLIA em espanhol). Tampouco há acordo se o "A" se refere a "feira" ou a "livro" (em Barcelona é do Livro Independente e Autoeditado).
A FLIA (v. Facebook) chegou a Pelotas em 2011. As duas primeiras edições foram no Quadrado, em dias da Feira oficial mas longe da Praça Coronel Pedro Osório (15-11-11 e 2-11-12, v. nota do E-Cult).
A terceira teve luzes próprias, ocorrendo em dois dias de janeiro de 2014, afastada agora do lugar e do período oficial (leia notícia do Diário Popular). Domingo (12) o recital ao ar livre chamado "Sofá na Rua" (v. página no Facebook) começou com música gravada às 16h, mas o público se formou muito lentamente, prolongando a apresentação musical até o anoitecer. O clima, sem chuva nem sol forte, ajudou bastante.
A FLIA como evento cultural nasceu sendo contrário ou "alternativo" ao sistema, grudado nele. Rapidamente desenvolveu autonomia, ganhando seu próprio lugar, sua data, seu público e seu financiamento. Seu fundo ideológico tende a caracterizá-la, no entanto, mais como um evento popular e menos como uma feira do livro ou literária. O pretexto inicial do "livro livre" evoca a época em que, especialmente na América Latina, se sonhava com a libertação das forças capitalistas, e a liberdade era um direito existencial a ser buscado. Em nossa cidade, o público preferencial é adulto jovem, congregando roqueiros, independentes, ecologistas, hippies, grunge, artistas de rua e muitos outros.
Imagens: Facebook e blogue FLIA Pelotas
Com o tempo, tais criadores alternativos ousaram superar o parasitismo (em relação aos eventos oficiais) e organizaram-se num movimento, que foi sendo alimentado indiretamente por certos grupos ideológicos (populistas, pacifistas, socialistas ou anarquistas).
O movimento internacionalizou-se com o nome de FLIA (Feira do Livro Independente e Autônoma). Sobre a letra A existe uma diversificação no uso, podendo significar: Autônoma, Alternativa, Autogestada (v. definição da FLIA em espanhol). Tampouco há acordo se o "A" se refere a "feira" ou a "livro" (em Barcelona é do Livro Independente e Autoeditado).
A FLIA (v. Facebook) chegou a Pelotas em 2011. As duas primeiras edições foram no Quadrado, em dias da Feira oficial mas longe da Praça Coronel Pedro Osório (15-11-11 e 2-11-12, v. nota do E-Cult).
A terceira teve luzes próprias, ocorrendo em dois dias de janeiro de 2014, afastada agora do lugar e do período oficial (leia notícia do Diário Popular). Domingo (12) o recital ao ar livre chamado "Sofá na Rua" (v. página no Facebook) começou com música gravada às 16h, mas o público se formou muito lentamente, prolongando a apresentação musical até o anoitecer. O clima, sem chuva nem sol forte, ajudou bastante.
A FLIA como evento cultural nasceu sendo contrário ou "alternativo" ao sistema, grudado nele. Rapidamente desenvolveu autonomia, ganhando seu próprio lugar, sua data, seu público e seu financiamento. Seu fundo ideológico tende a caracterizá-la, no entanto, mais como um evento popular e menos como uma feira do livro ou literária. O pretexto inicial do "livro livre" evoca a época em que, especialmente na América Latina, se sonhava com a libertação das forças capitalistas, e a liberdade era um direito existencial a ser buscado. Em nossa cidade, o público preferencial é adulto jovem, congregando roqueiros, independentes, ecologistas, hippies, grunge, artistas de rua e muitos outros.
14º Sofá na Rua transcorreu domingo (12-1) defronte à Casa Fora do Eixo. |
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