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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Andréa Pontes, a atleta da resiliência

Andréa Pontes redirecionou sua vida após acidente em 2007.
A atleta paraplégica pelotense Andréa Pontes vai receber uma indenização de R$ 10 mil por danos morais. Durante o check in para um voo da companhia Gol [em 2013], ela foi informada de que, apesar de ter comprado as passagens, não poderia entrar na aeronave. "A funcionária da empresa primeiro disse que havia uma restrição no sistema, e depois que eu não apresentava condições vitais para viajar", afirma Andréa, de 31 anos, que é da Seleção Brasileira de Paracanoagem e também advogada. (v. notícia da Rádio Gaúcha).

Não cabe mais recurso da ação ante o tribunal de Brasília (a notícia teve destaque no Correio Braziliense, esta semana). Ironicamente, 10 mil reais é o preço de um caiaque novo de competição.

A canoagem realizada por pessoas com deficiências físicas é denominada paracanoagem (v. história deste esporte). Andréa foi descoberta pela treinadora Diana Nishimura em dezembro de 2012 no Lago Paranoá e desde então vem destacando-se internacionalmente. Ela já era, aos 24 anos, uma destacada voleibolista, quando um acidente de carro a deixou sem movimento nas pernas. Teve que deixar outro sonho, o de ser delegada de polícia.

Hoje a ex-aluna do Colégio São José é a melhor atleta feminina do Brasil na paracanoagem e com chances de vir a ser campeã mundial nos Jogos de 2016 (v. a notícia de 2013 Pelotense disputará mundial de paracanoagem). Como ela contou ao Diário Popular, fez-se amiga do juiz ministro do Supremo Joaquim Barbosa, que a estimulou a não abandonar os estudos de Direito (v. reportagem de janeiro de 2014 Do Direito à Canoagem).



Foto: R.Gaúcha (1), DP (2)

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