De longe em longe, jornalistas do Diário Popular comentam espetáculos, deixando de lado o valor educativo de tais especialistas. A falha se faz notar tristemente em megaeventos como o Festival SESC, onde inexiste a crítica, e o Pelotas Jazz Festival, relatado por especialistas de fora, que visitam Pelotas por primeira vez na vida. A TV local registra os fatos de modo fragmentado, sem o menor sentido crítico (v. exemplo de 5-12-2010).
Um exemplo desses ocorreu com a Gala Lírica 2014 da Sociedade Música pela Música, realizada em 13 de novembro passado, com duas amplas matérias anunciando o concerto (v. notícia de 28-10-14 e do dia 13-10-14) e nenhum comentário posterior. Isto vem mais pelo desinteresse do veículo da mídia do que pelo dos leitores ou dos artistas.
Para compensar em parte esta omissão, este blogue tenta explorar, há seis anos completos, o texto analítico sobre a nossa cultura, e foi com essa intenção que em 2013 denominou dois patronos: a professora Loiva Hartmann, promotora cultural, e o cronista Francisco Dias da Costa Vidal, representante da crítica de arte desde 1953.
Coro e Orquestra da Sociedade Música pela Música se apresentam anualmente. |
Clima e desempenho sinfônico em Pelotas
Mais precisamente, no Theatro Guarany e perante uma plateia muito atenta, os apreciadores da arte musical tivemos a feliz oportunidade de, na passada noite de 13 de novembro, usufruir de uma noitada magnífica, propiciada pela Sociedade Pelotense Música Pela Música, que comemorou grandiosamente seus 24 anos de denodado trabalho coral e os 10 anos de sua agrupação filarmônica.
Esta Gala Lírica teve o concurso magistral da soprano Elisa Machado, do barítono Fernando Montini e do tenor João Ferreira Filho, todos muito bem conduzidos pelo Maestro Sérgio Sisto, mobilizados: coro, solistas e a excelente orquestra da instituição, perfeitamente “em dia” com o desempenho instrumental e harmônico, deixando ali uma bela prova desse treinamento em conjunto, ao abordarem autores em nível de aprovação internacional.
O programa iniciou com a Abertura de “Orfeu no Inferno”, de Offenbach, seguindo-se um trecho do Fausto de Gounod. Logo, Verdi fez-se presente com os trechos “Sempre Libera” e “Un di felice”, de “La Traviata”. Puccini e Rossini tampouco podiam faltar, respectivamente na “Recondita Armonia” e no “Barbeiro de Sevilha”, cada qual uma carícia auditiva, encerrando-se esta primeira parte da programação em outro magnífico solo do “Fausto” de Gounod.
A segunda parte do programa trouxe mais sete belíssimos trechos, começando por clássicos do porte de Massenet (“Meditation”) e Offenbach (“Barcarolle”). Logo ouvimos o Coro dos Soldados, de Gounod, e o Coro dos Ferreiros, de Verdi, para continuar com “Udite o ristici”, do “Elisir”, de Donizzetti, e ”Si ridesta in ciel”, da Traviata de Verdi, autor que finalizou o programa com “Vieni o Guerrier” da “Aida".
Um Coro Sinfônico de sopranos, contraltos, tenores e baixos, mais uma Filarmônica completa, composta por cordas, sopros e percussão, assumindo cada qual seu papel, deixaram forte marca na memória dos apreciadores, neste encontro musical que ficará na história, no qual uma centena de músicos participaram, com classe e unidade, de uma noitada das mais belas que até hoje nos foi dado escutar e aplaudir, merecidamente!
Esta Gala Lírica teve o concurso magistral da soprano Elisa Machado, do barítono Fernando Montini e do tenor João Ferreira Filho, todos muito bem conduzidos pelo Maestro Sérgio Sisto, mobilizados: coro, solistas e a excelente orquestra da instituição, perfeitamente “em dia” com o desempenho instrumental e harmônico, deixando ali uma bela prova desse treinamento em conjunto, ao abordarem autores em nível de aprovação internacional.
O programa iniciou com a Abertura de “Orfeu no Inferno”, de Offenbach, seguindo-se um trecho do Fausto de Gounod. Logo, Verdi fez-se presente com os trechos “Sempre Libera” e “Un di felice”, de “La Traviata”. Puccini e Rossini tampouco podiam faltar, respectivamente na “Recondita Armonia” e no “Barbeiro de Sevilha”, cada qual uma carícia auditiva, encerrando-se esta primeira parte da programação em outro magnífico solo do “Fausto” de Gounod.
A segunda parte do programa trouxe mais sete belíssimos trechos, começando por clássicos do porte de Massenet (“Meditation”) e Offenbach (“Barcarolle”). Logo ouvimos o Coro dos Soldados, de Gounod, e o Coro dos Ferreiros, de Verdi, para continuar com “Udite o ristici”, do “Elisir”, de Donizzetti, e ”Si ridesta in ciel”, da Traviata de Verdi, autor que finalizou o programa com “Vieni o Guerrier” da “Aida".
Um Coro Sinfônico de sopranos, contraltos, tenores e baixos, mais uma Filarmônica completa, composta por cordas, sopros e percussão, assumindo cada qual seu papel, deixaram forte marca na memória dos apreciadores, neste encontro musical que ficará na história, no qual uma centena de músicos participaram, com classe e unidade, de uma noitada das mais belas que até hoje nos foi dado escutar e aplaudir, merecidamente!
Francisco Dias da Costa Vidal
João Ferreira Filho e Letizia Etcheverry interpretam "Lippen Schweigen", dueto da opereta "A Viúva Alegre" de Franz Lehár. Concerto Innamorato, da Sociedade Pelotense Música Pela Música, na XVII Fenadoce, 2009.
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