É preciso dizer que em 2016, sob graves dificuldades financeiras no Estado, o Festival SESC segue sendo realizado com o mesmo empenho e brilho, mas não se trabalhou neste ano o foco da inclusão social, a diversidade musical ficou restrita aos repertório erudito (antes houve abertura ao jazz e ao choro) e não houve montagem teatral de uma ópera. Também devemos admitir que o Teatro Sete de Abril se encontra fechado para restauração desde o início do Festival, assim como o Salão Milton de Lemos, do Conservatório de Música.
Não é de hoje que digo: Pelotas é o ponto de transcendência do Rio Grande do Sul. Este meu conceito não decorre do fato de ser cidadão pelotense honorário - título que guardo com o maior orgulho - mas, sim, por conhecer a longa história cultural de uma cidade que se destaca no cenário brasileiro há quase dois séculos. Poderia referir vários exemplos desta intensa atividade, mas para ficar em apenas dois, lembro o Sete de Abril e o quase centenário Conservatório, este último responsável por várias gerações de músicos.
Também o SESC se notabiliza, em nosso país, como uma entidade que tem na cultura um foco permanente, responsabilizando-se pelas melhores promoções nesta área e suprindo, muitas vezes, aquilo que os governos não podem ou não querem assumir. Sou testemunha destas ações, e para ficar apenas no âmbito da minha atuação, a literatura, o SESC se faz onipresente, seja pela realização de dezenas de feiras de livro, seja pelos prêmios e eventos que promove.
Quando Pelotas – através da Prefeitura – e o SESC se unem, o resultado só poderia ser excepcional, e o símbolo maior é a realização deste 6º Festival Internacional de Música. Acompanho o Festival desde o início, de várias formas. A cada ano percebo que se consolidam algumas linhas-mestras que o definem: a permanente qualidade dos convidados, a internacionalização, a diversidade das estéticas musicais acolhidas, o número ampliado dos participantes, o profissionalismo de sua realização e, algo que muitos esquecem, a inclusão social que existe desde sempre. Esta é uma fórmula geral e intrincada, que implica tomada de decisões com um olho no que é desejável e outro no que é possível em termos logísticos e financeiros.
Registro aqui a operosidade de uma equipe que trabalha o ano inteiro para que tudo decorra com normalidade e excelência: o maestro Evandro Matté, competentíssimo diretor artístico; Sílvio Alves Bento, o incombustível gerente de cultura do SESC/RS; Luiz Tadeu Piva, o diretor regional, com sua presença atenta e inteligente. Isso não seria possível sem o apoio de Luiz Carlos Bohn, presidente do Sistema Fecomércio-RS. Cumpro o dever de fazer referência a uma legião de abnegados trabalhadores e, para representá-los, é incontornável citar a ação decisiva e onipresente da escritora Cleonice Bourscheid. Aliás, Cleonice e Aristóteles Boursheid são os melhores expoentes do mecenato artístico no Brasil. Obrigado a eles, e bom festival a todos.
Também o SESC se notabiliza, em nosso país, como uma entidade que tem na cultura um foco permanente, responsabilizando-se pelas melhores promoções nesta área e suprindo, muitas vezes, aquilo que os governos não podem ou não querem assumir. Sou testemunha destas ações, e para ficar apenas no âmbito da minha atuação, a literatura, o SESC se faz onipresente, seja pela realização de dezenas de feiras de livro, seja pelos prêmios e eventos que promove.
Quando Pelotas – através da Prefeitura – e o SESC se unem, o resultado só poderia ser excepcional, e o símbolo maior é a realização deste 6º Festival Internacional de Música. Acompanho o Festival desde o início, de várias formas. A cada ano percebo que se consolidam algumas linhas-mestras que o definem: a permanente qualidade dos convidados, a internacionalização, a diversidade das estéticas musicais acolhidas, o número ampliado dos participantes, o profissionalismo de sua realização e, algo que muitos esquecem, a inclusão social que existe desde sempre. Esta é uma fórmula geral e intrincada, que implica tomada de decisões com um olho no que é desejável e outro no que é possível em termos logísticos e financeiros.
Registro aqui a operosidade de uma equipe que trabalha o ano inteiro para que tudo decorra com normalidade e excelência: o maestro Evandro Matté, competentíssimo diretor artístico; Sílvio Alves Bento, o incombustível gerente de cultura do SESC/RS; Luiz Tadeu Piva, o diretor regional, com sua presença atenta e inteligente. Isso não seria possível sem o apoio de Luiz Carlos Bohn, presidente do Sistema Fecomércio-RS. Cumpro o dever de fazer referência a uma legião de abnegados trabalhadores e, para representá-los, é incontornável citar a ação decisiva e onipresente da escritora Cleonice Bourscheid. Aliás, Cleonice e Aristóteles Boursheid são os melhores expoentes do mecenato artístico no Brasil. Obrigado a eles, e bom festival a todos.
Luiz Antonio de Assis Brasil
(v. Diário Popular)
Foto: M.F.Soares
Realista o comentário do Prof. Assis Brasil. Abordou pontos positivos e alguns pontos a considerar. Inclusive apontou o fechamento de duas casas culturais tradicionais e relevantes para a cultura nacional. Opinião importantíssima, pois Luiz Antonio de Assis Brasil, autor de vários romances, prof. titular da PUCRS, ex-Secretário da Cultura do RS, tem há muito tempo, participação ativa na vida cultural de Pelotas. "Concerto Campestre", obra sua, teve suas filmagens aqui. Detém o título de "Cidadão Pelotense", projeto meu, encaminhado à Cãmara de Vereadores, aprovado por unanimidade. É um pelotense de coração, que torce para que mantenhamos o status que nos projeta em nível nacional. Falta reconquistarmos o título de Capital Cultural, atualmente com Caxias do Sul.
ResponderExcluirParabéns pelo blog, pelas excelentes reportagens com que nos brindas! Prof.ª Loiva Hartmann