- quando os nomes são muito difíceis, cheios de agás e letras duplas, como Mário Meneghetti, Júlio Fehrenbach ou Otto Pommerening;
- quando há controvérsias sobre a grafia: Morais ou Moraes, Luís ou Luiz;
- quando algum acordo ortográfico reforma as palavras que conhecíamos tão bem (em 1971, Porto Alegre perdeu o circunflexo);
- quando os saudosistas querem resgatar a escrita original do século XIX: Barão de Butuhy, Barão de Tramandahy, Cypriano Barcellos;
- por distrações ou desinformação dos encarregados: Bevilacqua - Bevilaqua - Beviláqua, ou Cury - Curi - Cúri.
Sabendo da mutabilidade das palavras, me surpreendi ao ver duas grafias de URUGUAI, a duas quadras uma da outra.
Por que escrever, segundo o uso antigo, com Y final? Era costume preferir o Y em palavras do tupi-guarani. Também se conservava a mesma forma do espanhol, sem necessidade de aportuguesá-la.
Em que momento foi feita esta mudança nas placas, se o Y foi abolido do abecedário em 1943?
Por que convivem duas formas tão distantes no tempo e próximas no espaço? Parece uma alusão a que o Uruguai é realmente um país próximo no espaço mas distante no tempo.
O que me deixou mais intrigado foi a omissão da palavra onde a placa foi retirada (não deve ter caído de velha).
Por que retirá-la (algum colecionador)?
Que informação está sendo dita nesse espaço vazio?
E a pergunta indefectível: ali antes dizia URUGUAI ou URUGUAY?
Fotos de F. A. Vidal.
Ah, meu caro Francisco, o psicanalista, nesta matéria, parece estar falando mais alto ... Apagamentos da memória coletiva?
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