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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Segundo doutorado da UCPel também é em Letras

A Faculdade de Letras da Universidade Católica de Pelotas formou uma nova doutora na área, na segunda banca de doutorado formada em toda a história da UCPel. A notícia apareceu no site da Universidade dia 27 de julho (leia).

A nova pós-graduada, Dulce Cassol Tagliani (esq.), é professora de português (veja currículo) e trabalha na FURG. Ela estudou a importância do livro didático na sala de aula, especialmente o de Língua Portuguesa no Ensino Fundamental: como ele é escolhido, como ele favorece as habilidades de leitura e escrita dos alunos, como o professor se apropria deste instrumento pedagógico.
A pesquisadora observou resistência e temores ante o uso pleno do livro, entre professores de português, e sugere encontros e discussões entre eles e a universidade, tendo em vista um uso mais amplo deste material de ensino.

Em termos linguísticos, o livro didático é considerado um Gênero Discursivo (multimidiático, até), o que pode explicar em parte por que algumas pessoas, mesmo com formação na área, não usam todas suas potencialidades - assim como muitas pessoas não usam o recurso SMS (Short Message Service, serviço de mensagens breves), o popular "torpedo de celular". O tema é tão polêmico como o uso dos meios audiovisuais na educação, resistido pela maioria dos antigos professores desde a aparição dos radiogravadores, da TV, do cinema.

O trabalho de Dulce denuncia que o problema é realmente mais antigo e as dificuldades ainda mais profundas, mas não explora soluções concretas. Também não problematiza os conteúdos dos livros, que a revista Época (dir.) questionou em outubro de 2007.

Um resumo da mesma pesquisa foi levado pela professora ao V SIGET (Simpósio Internacional de Estudos de Gêneros Textuais), realizado há uns dias em Caxias do Sul (veja nota no site da UCS).

A primeira tese de doutorado na UCPel foi defendida em junho; também em Letras, tratou sobre o uso da internet na comunicação professor-aluno (veja o post).
Imagens da web

3 comentários:

  1. Não entendendo a razão para o destaque a este doutorado. É por que é o segundo da UCPel? Ou pelos seus méritos? Imagine um comentário desses na UFPel: o doutorado de número 350? E na USP, então nem se fala. Se é para cobrir doutorados concluídos, há muitos outros a serem considerados. Se é apenas pelo número, acho que o blog está entrando na onda da CCS da UCPel.

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  2. CCS: Coordenadoria de Comunicação Social.
    Meu desejo é cobrir todos os doutorados em Pelotas. Começo pela UCPel pois são poucos e a CCS dá divulgação, que acho limitada, até porque sua função não é aprofundar nem criticar. Eu coloco alguma crítica.
    A divulgação institucional é boa para saber, mas eu comento algo sobre o conteúdo, com a liberdade de não pertencer à CCS. Nem farei críticas arrasadoras, nem ignorarei esta produção, que considero parte da cultura e do "estado da arte" da ciência na cidade. Se parecer pobre, fica o registro.
    Ainda não entrei na UFPel, mas na medida do possível gostaria de referir-me a todos os doutorados (mestrados são demais, não teria condições).
    Espero que o leitor colabore com dados e sugestões para melhorar a cobertura.

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  3. Um detalhe que ficará mais evidente é que a UCPel levou 50 anos para produzir a primeira tese de doutorado, enquanto a UFPel tem um ritmo muito superior. A imagem projetada hoje é que as duas são equivalentes em capacidade intelectual. O valor das mensalidades também sugere que o dinheiro poderia pagar mais pesquisas.
    Quanto à informação, a UCPel divulga melhor seu trabalho que a UFPel, que não informa em seus 12 doutorados quantas teses já produziu.

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