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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Quiosque compara passado e presente

O Quiosque Nelson Nobre Magalhães abriu uma mostra de fotografias de Pelotas, em apoio à Semana do Turismo, de 21 a 28 de setembro passado.

Pelotas, ontem e hoje: o passado tecendo o presente
Para compreender os espaços da cidade, é preciso empreender mentalmente novas perspectivas e enquadramentos. Olfato, tato, audição e até o paladar podem ser utilizados para apropriarmo-nos da cidade e conhecer suas cores, texturas, sons e caminhos.

A paisagem urbana é um palimpsesto, uma acumulação de tempos, que se (re)descobre a cada esquina. O passado tece o presente e esta tessitura, alma da cidade, revela-nos como seres humanos.

Ontem e hoje, passado e presente estão enraizados em nossa vida. O futuro depende de nós.

O professor Daniel Botelho, coordenador das atividades do Quiosque, reuniu 25 fotos urbanas tomadas em diversos momentos do século XX e propôs uma comparação entre elas e o aspecto atual dos mesmos lugares.
À esquerda, o edifício do antigo Banco do Comércio (hoje, Centro de Integração do Mercosul, da UFPel).


O fotojornalista Marcel Ávila em poucos dias conseguiu registros em preto-e-branco de perspectivas idênticas às originais.
Ele teve que superar dificuldades como a existência de novos prédios, postes ou fiações que impediam a tomada dos mesmos ângulos. Por outro lado, conseguiu uma boa analogia entre uma charrete de cem anos atrás ante o Mercado Público e um moderno ônibus estacionado no mesmo ponto.
Na foto à direita, Marcel mostra o seu registro que compara o aspecto atual do Theatro Sete de Abril com o de inícios do século passado (abaixo).

O objetivo do projeto fotográfico foi motivar o público a compreender os espaços urbanos atuais mediante uma visão histórica e, adicionalmente, reflexionar sobre o futuro desses lugares, que pode estar em nossas mãos.

O tema merece um maior tempo para pensar sobre cada ponto de nossa paisagem urbana, para em fase posterior obter uma percepção global da cidade, uma apropriação gradual e coletiva, e uma possível transformação mais consciente.

A realidade cotidiana é que poucos param para ver as fotos do Quiosque, o que faz mais demorada essa necessária reflexão. A indiferença e a pressa são o lado benigno da questão, haja vista o vandalismo que afeta este espaço. Do poste metálico com 2 lâmpadas, recolocado em junho (compare o dano), agora só resta o eixo principal (dir.).
Fotos de F. A. Vidal

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