Há um mês, o blogue O Século XX fez uma nota crítica de costumes.
De início, o post mostra a esquina da Dr. Cassiano com Álvaro Chaves, hoje um terreno vazio e abandonado (esq.), no meio de zona residencial em pleno centro de Pelotas. O cartaz diz: "Proibido colocar lixo".
O blogueiro, Sérgio Fontana, comenta que essa imagem de relativa limpeza sugere que a proibição foi respeitada e que, de fato, num raio de 20m em torno à placa, não há lixo amontoado. Mas logo descobre a ação do "jeitinho brasileiro". Leia abaixo o resto da nota (ou a original: Povo desenvolvido é povo limpo).
– Como o povo pelotense é educado! – diria um possível visitante deste blog.
Em seguida, o mesmo visitante se depara com a foto abaixo, imaginando que se trata de uma imagem obtida num país muito pobre e desgovernado, onde a infraestrutura viária e as leis ambientais simplesmente não existem.
Aí [umas linhas abaixo], ele descobre a verdade. O terreno é o mesmo da primeira foto, só que uns [40] metros adiante, um pouco mais longe da placa de advertência, e tem muito lixo [orgânico e inorgânico] que, dia a dia, parece que vai aumentando.
Ele, o internauta, passa a não entender como isto pode [ou pôde] acontecer, uma vez que o povo pelotense é muito educado e jamais jogaria lixo em local impróprio.
E antes que alguém diga que são as pessoas mais pobres e desassistidas que fazem isto, eu rebato, afirmando que também elas o fazem, mas não só elas. Já vi muita gente [que se autodenominaria] "de nível" jogando lixo ali, desrespeitando a própria sociedade em que vive.
A educação de um povo, em longo prazo, tem tudo a ver com a educação da criança. Mas isto não depende só da escola: depende muito mais das estruturas familiares que, na minha opinião [no Brasil], são o elo mais fraco dessa corrente que – é evidente – tem outros "elos" a serem considerados.
Fotos de Sérgio Fontana
Vou evocar o jargão: "cidade limpa é aquela que ninguém suja e não a que muito se limpa". Considerando o "povo pelotense" seria muito válido ser evocado numa reportagem sobre os anos dourados da cidade. A falta de educação (não traduzindo-se por grau de escolaridade) de grande parte da massa que compõe o "povo pelotense" é algo estarrecedor. Em pouco tempo que estive com minha filha na praça Coronel Pedro Osório, observei muitos esfomeados devorando seus lanches e deixando seus lixos aos seus pés, quando a poucos metros existem lixeiras.
ResponderExcluirOutro dia uma ONG adentrou com cerca de 15 crianças carentes que compunham uma "Patrulha ambiental mirim", as duas monitoras e crianças tb comeram, deixaram seus lixinhos amassadinhos num canto e sairam a vender rifa... o que dizer!
Já corrigi alguns, de forma ponderada e ainda fui xingado, acho que eu é que estou errado!