Procissão de Corpus Christi

Esta tarde de quinta-feira, festa de Corpus Christi, sob as brisas frescas de outono e um céu em parte nublado, os católicos pelotenses, liderados pelo bispo Dom Jacinto Bergmann, caminharam com o Santíssimo Sacramento desde o Santuário da Adoração até a Catedral de São Francisco de Paula.

A procissão partiu da esplanada do Teatro Sete de Abril, perto das 14h30min, e percorreu a Rua Anchieta, que estava coberta de desenhos coloridos feitos por jovens de diversas paróquias, desde a meia-noite até o amanhecer. As figuras da decoração aludem ao significado religioso de Corpus Christi e, paralelamente, recordam o centenário da Diocese de Pelotas, por celebrar-se em agosto de 2010. Um dos desenhos representa a figura do padroeiro, São Francisco de Paula (esq.).

Em anos anteriores, a caminhada tinha saído da Catedral, após a missa das 15h, e chegado ao Santuário, e este ano o novo bispo optou por fazer o percurso "de volta", levando os fiéis à sede episcopal e à missa das 15h. A mudança remarca a presença da Igreja em Pelotas, cidade que nasceu com a fundação da Freguesia em 1812.

A festa foi instaurada pelo papa em 1264, e é aceita também por anglicanos e luteranos. O sentido é enfatizar que a hóstia consagrada contém a presença física (não somente simbólica) de Cristo. Os tapetes de flores, chamados infiorata na Itália, surgiram no século XVII, segundo a Wikipédia em francês.

No Brasil, onde o dia é feriado nacional, os desenhos são feitos com serragem. Onde a procissão é feita, Jesus é levado ao longo do tapete colorido, significando um caminho de beleza e sacrifício, que logo se desfaz, assimilando-se à fragilidade da vida.
Fotos de F. A. Vidal