Quadro Tô de Folga da TV Globo mostrou, dia 22 passado, nota sobre Pelotas e seus pontos turísticos. O título da matéria é Pelotas guarda tesouros da história do Brasil (veja no sítio do Jornal Hoje).
O interessante é que, embora conheçamos tudo isto, quando se vê uma matéria voltada aos "de fora" surge uma Pelotas que quase não vemos. Seremos "estrangeiros" na nossa cidade ou essa Pelotas só existe para quem não é daqui?
A respeito do comentário do Anônimo 10:27. Ele deveria estar preocupado com muitas outras coisas. Penso, por exemplo, na grana que potenciais turistas podem trazer aqui para a província. Isso também é "existir para quem é daqui". Pessoalmente, não sou de Pelotas e nem tenho interesse de ser. Mas, se alguém faz alguma coisa, pela cidade (quem tem tantos problemas como qualquer outra), não é um comentário sem fundamento que vai desfazer.
Sou o autor do comentário das 10:27. Acho que o Everton não entendeu o que eu quis dizer ou não me fiz claro. Não estou a criticar o enfoque da matéria, nem a evidenciar o interesse meramente "econômico" e a eventual maquiagem voltada ao turismo. Ao contrário, quis evidenciar o paradoxo de vivermos na cidade, mas não a percebermos como ela é ou pode ser vista e a matéria mostrou. Enfim, talvez vivenciemos demasiadamente e cotidianamente uma Pelotas "real" (dura, como a realidade sempre o é) e esqueçamos uma Pelotas também real, mas que apenas o distanciamento ou o olhar novo pode ver, na qual há muita beleza e coisas interessantes, as quais talvez os próprios pelotenses desconheçam ou não usufruam.
Cada habitante deveria ser conhecedor de sua cidade, mas muitas vezes se encontra com turistas que conhecem aparentemente melhor seu próprio lugar, ou o conhecem por ângulos específicos, como os museus, a geografia ou detalhes históricos. É inevitável que isso ocorra, pois cada cidade pode ter seus fãs longínquos e os habitantes não podem conhecer tudo. Nem sequer podem ter o ponto de vista estrangeiro, pois o hábito distorce as percepções, cria costumes que enceguecem. Coisa diferente é que os moradores do lugar se encerrem em suas casas e não saibam nada da cidade, seja por insociabilidade, ressentimentos, soberba, depressão etc.
Nossa cidade, no entanto, tem detratores aqui mesmo, pessoas que a detestam abertamente. Pensando em que o pelotense conheça sua cidade e tenha mais fundamento para falar bem ou mal, é que desenvolvo este blogue.
Everton é jornalista do Blog do Capeta, e realmente acho que não entendeu o que o primeiro leitor comentou. A segunda explicação deste ficou ainda mais clara: o paradoxo entre quem habita e quem visita é fenômeno típico das cidades que geram interesse turístico. É algo universal também. Acho que as duas visões deveriam complementar-se: o visitante com seus dados imaginados, e o morador com suas vivências cotidianas.
O interessante é que, embora conheçamos tudo isto, quando se vê uma matéria voltada aos "de fora" surge uma Pelotas que quase não vemos. Seremos "estrangeiros" na nossa cidade ou essa Pelotas só existe para quem não é daqui?
ResponderExcluirA respeito do comentário do Anônimo 10:27. Ele deveria estar preocupado com muitas outras coisas. Penso, por exemplo, na grana que potenciais turistas podem trazer aqui para a província. Isso também é "existir para quem é daqui". Pessoalmente, não sou de Pelotas e nem tenho interesse de ser. Mas, se alguém faz alguma coisa, pela cidade (quem tem tantos problemas como qualquer outra), não é um comentário sem fundamento que vai desfazer.
ResponderExcluirSou o autor do comentário das 10:27. Acho que o Everton não entendeu o que eu quis dizer ou não me fiz claro. Não estou a criticar o enfoque da matéria, nem a evidenciar o interesse meramente "econômico" e a eventual maquiagem voltada ao turismo. Ao contrário, quis evidenciar o paradoxo de vivermos na cidade, mas não a percebermos como ela é ou pode ser vista e a matéria mostrou. Enfim, talvez vivenciemos demasiadamente e cotidianamente uma Pelotas "real" (dura, como a realidade sempre o é) e esqueçamos uma Pelotas também real, mas que apenas o distanciamento ou o olhar novo pode ver, na qual há muita beleza e coisas interessantes, as quais talvez os próprios pelotenses desconheçam ou não usufruam.
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ResponderExcluirCada habitante deveria ser conhecedor de sua cidade, mas muitas vezes se encontra com turistas que conhecem aparentemente melhor seu próprio lugar, ou o conhecem por ângulos específicos, como os museus, a geografia ou detalhes históricos. É inevitável que isso ocorra, pois cada cidade pode ter seus fãs longínquos e os habitantes não podem conhecer tudo. Nem sequer podem ter o ponto de vista estrangeiro, pois o hábito distorce as percepções, cria costumes que enceguecem. Coisa diferente é que os moradores do lugar se encerrem em suas casas e não saibam nada da cidade, seja por insociabilidade, ressentimentos, soberba, depressão etc.
ResponderExcluirNossa cidade, no entanto, tem detratores aqui mesmo, pessoas que a detestam abertamente. Pensando em que o pelotense conheça sua cidade e tenha mais fundamento para falar bem ou mal, é que desenvolvo este blogue.
Everton é jornalista do Blog do Capeta, e realmente acho que não entendeu o que o primeiro leitor comentou. A segunda explicação deste ficou ainda mais clara: o paradoxo entre quem habita e quem visita é fenômeno típico das cidades que geram interesse turístico. É algo universal também. Acho que as duas visões deveriam complementar-se: o visitante com seus dados imaginados, e o morador com suas vivências cotidianas.