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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Vandalismo de bêbados ricos ou de marginais?

Não somente alguns marginais pobres, talvez por ressentimento social, destroem patrimônio público ou privado. Também pessoas de classe média ou alta, talvez com fortes raivas e frustrações pessoais, se transformam em vândalos, em horas da noite, quando não há guardas nem olhares que testemunhem os delitos e bandidagens.
Mas os rastros ficam, e de dia se observam, com vergonha do cidadão médio, que não sabe como explicar aos turistas ou às crianças, que perguntam o que aconteceu ali e se isso é normal.
Somente um veículo motorizado poderia ter entortado uma haste metálica tão grossa (acima). Marcas de barro no meio-fio (esq.) sugerem que o veículo provinha da zona suburbana e entrou pela Gonçalves Chaves, com a expressa intenção de destruir o sinal de trânsito. Ou teria entrado por engano na contramão e errou a "pontaria" ao virar?
O dano aqui é justamente no trecho histórico onde todos os prédios se conservam como foram construídos, desde o século XIX. Mas há marcas de destruição por toda a cidade, inclusive nos brinquedos das praças e na iluminação pública da estrada ao Laranjal (leia nota).
Só podemos inventar a hipótese - para tranquilizar os turistas ou as crianças - de que alguém estava tão bêbado que não viu o sinal, e que apesar disso a prefeitura logo consertará o dano. Por seu lado, o chefe de gabinete tem a teoria de que se trata de opositores políticos (leia).
Mas como explicar as lixeiras chutadas, extraídas (dir.) e até queimadas (esq.), defronte ao Teatro Guarani?
Vista grossa não podemos fazer, parece ser a primeira mensagem da violência. Após abrir os olhos, também não servirá de muito horrorizar-nos ou suplicar piedade aos vândalos, como já fez o secretário municipal de Cultura mais de uma vez (veja notícia de terça 28), denotando desconhecimento das funções da autoridade.
As tarefas principais tomam tempo e dinheiro, mas é melhor enfrentá-las: estabelecer responsabilidade municipal, educar o povo, apoiar medidas de prevenção à violência, vigilância constante, punições dentro da lei, reabilitação, pesquisa social e comportamental sobre o vandalismo.
Fotos de F. A. Vidal
POST DATA: Em 1 de janeiro, o sinal estava entortado em outra direção. Mas dia 3 já estava consertado.

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