Não somente alguns marginais pobres, talvez por ressentimento social, destroem patrimônio público ou privado. Também pessoas de classe média ou alta, talvez com fortes raivas e frustrações pessoais, se transformam em vândalos, em horas da noite, quando não há guardas nem olhares que testemunhem os delitos e bandidagens.
Mas os rastros ficam, e de dia se observam, com vergonha do cidadão médio, que não sabe como explicar aos turistas ou às crianças, que perguntam o que aconteceu ali e se isso é normal.
Somente um veículo motorizado poderia ter entortado uma haste metálica tão grossa (acima). Marcas de barro no meio-fio (esq.) sugerem que o veículo provinha da zona suburbana e entrou pela Gonçalves Chaves, com a expressa intenção de destruir o sinal de trânsito. Ou teria entrado por engano na contramão e errou a "pontaria" ao virar?
O dano aqui é justamente no trecho histórico onde todos os prédios se conservam como foram construídos, desde o século XIX. Mas há marcas de destruição por toda a cidade, inclusive nos brinquedos das praças e na iluminação pública da estrada ao Laranjal (leia nota).
Só podemos inventar a hipótese - para tranquilizar os turistas ou as crianças - de que alguém estava tão bêbado que não viu o sinal, e que apesar disso a prefeitura logo consertará o dano. Por seu lado, o chefe de gabinete tem a teoria de que se trata de opositores políticos (leia).
Mas como explicar as lixeiras chutadas, extraídas (dir.) e até queimadas (esq.), defronte ao Teatro Guarani?
Vista grossa não podemos fazer, parece ser a primeira mensagem da violência. Após abrir os olhos, também não servirá de muito horrorizar-nos ou suplicar piedade aos vândalos, como já fez o secretário municipal de Cultura mais de uma vez (veja notícia de terça 28), denotando desconhecimento das funções da autoridade.
As tarefas principais tomam tempo e dinheiro, mas é melhor enfrentá-las: estabelecer responsabilidade municipal, educar o povo, apoiar medidas de prevenção à violência, vigilância constante, punições dentro da lei, reabilitação, pesquisa social e comportamental sobre o vandalismo.
Fotos de F. A. Vidal
Fotos de F. A. Vidal
POST DATA: Em 1 de janeiro, o sinal estava entortado em outra direção. Mas dia 3 já estava consertado.
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