Disse e reafirmo: é a mais desmoralizada dentre tantas outras que, como ela, “fazem ponto” nas esquinas pretendendo a atenção de motoristas e pedestres, já que ninguém a respeita e praticamente dela debocham. Os motoqueiros, então, nem se fala: são os que mais escarnecem da pobre coitada. Não lhe dão a mínima bola, pois apesar de suas piscadas eles fazem “cara de pau” e vão em frente. Também, a infeliz não tem ninguém para fazer com que lhe dêem o mais comezinho respeito. Trata-se de uma pobre coitada!
A maioria acha que ela está desregulada gravemente. E está. Mal o cidadão avança – pensando que “está pra ele” – e ela, a inconstante, nos seus impulsos, já deixa a pessoa “na mão”; daí a balbúrdia do trânsito na citada esquina.
Nada é feito para consertar esta situação. Talvez um guarda fosse a solução ideal naquela esquina, em vez da tresloucada. E o pior é que, um dia destes, pode-se dar até uma morte por causa dela: ante sua presença, com o desrespeito reinante no local à sua figura, vários homens se entreolham com raiva, outros gritam palavrões, enquanto motoristas quase batem uns nos outros.
Falo da sinaleira que fica na esquina das ruas Voluntários e Anchieta. Antes nada lá houvesse e cada um se guiasse pelo instinto de conservação. Poucos respeitam o sinal. Pouquíssimos.
Quem quiser se divertir com ela, a sinaleira, e ver o que faz para a turma, dê uma chegadinha lá.
Rubens Amador
Fotos: F. A. Vidal
O cronista publicou este artigo na imprensa há alguns anos, quando a sinaleira única, no meio deste cruzamento, não era suficiente para ordenar o trânsito crescente. Em 2010, o semáforo foi tirado daqui e transferido para a Voluntários (agora asfaltada) com Félix da Cunha, com piores resultados, pois os acidentes aumentaram (nas duas esquinas). Em abril de 2011, o cruzamento da Voluntários com Anchieta ganhou sinaleira nova (veja notícia) e uma grande faixa de pedestres. Tudo isso minimizou, após anos, o velho problema da "desmoralizada".
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