Minha cidade é uma enorme sala de recordações...
De alma, de vida e emoções.
É um pouco de mim mesmo correndo pelas artérias do tempo;
um pouco de brisa e muito de vento.
Luz do sol encobrindo colinas,
a beleza infinita de suas meninas
e estrelas vadias passeando na noite.
É brilho de lua, gota de orvalho;
paz de mil sonhos e um velho carvalho.
É praça e esporte, arte e cultura;
paz e amor na forma mais pura.
Minha cidade é o carro-de-lomba
de uma criança que tomba;
riso de gente,
gente que sente;
é tradição de velhos e moços,
de pai e irmão,
dos amores com brilho,
da mãe que "parte o seu coração
e entrega sorrindo um pedaço a cada filho".
Minha cidade é muito de mim
de campos em flores, de muitos amores,
de rosa e jasmim, de uma paixão dessas sem fim.
É fé e orgulho, som e barulho;
pedra e cascalho, asfalto e cimento
e o mito concreto que vence o lamento.
Minha cidade é História,
é a minha memória
que um dia falece em dado momento.
É trânsito doido, engarrafamento
e o carro de boi que um dia se foi no rumo da Sorte.
É um canto do Sul
que vive a olhar de frente pro Norte.
Minha cidade é um céu sempre azul,
é uma pátria pequena que eu tenho no Sul.
Sérgio A. O. Siqueira - Verão de 1968
Blogue Garanhão de Pelotas
Fotos: Nauro Jr (1) e D. Giannechini (2)
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ResponderExcluirLindo Poema- trabalhado em aula em homenagem ao aniversário da cidade-208 anos com meus alunos do fundamental,na aula de arte.
ResponderExcluirObrigado, professora. Pode informar a escola?
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