O Grupo Superfície e o Corredor Arte convidam os pelotenses a visitar a exposição "Superfície do Sensível", desde hoje (29) até dia 17 de setembro. Trata-se de quadros criados coletivamente pelas artistas plásticas Carla Borin, Carla Thiel, Daniela Moraes, Mariza Fernanda, Natália Hax e Paloma de Leon.
As gurias têm uma proposta original, ousada e esforçada, que começou como uma somatória de estilos abstratos, em que cada linguagem pessoal podia ser identificada em detalhes da obra coletiva. O grupo tem-se aperfeiçoado na sintonia e hoje consegue uma criação propriamente coletiva, onde os indivíduos estão ao serviço do grupo, de modo holístico.
Próximas a um sentido de composição musical, as artistas seguem carreira de solistas sem deixar de criar no modo da improvisação em conjunto. A produção é intensa e prolífica, com amostras já realizadas em Pelotas, Porto Alegre, Bagé e Bento Gonçalves, em somente dois anos de incessante trabalho. Apesar de ser inicialmente nove, o atual sexteto tem ganhado em afinação e feeling.
Veja mais imagens no blogue do grupo (link acima) e no Facebook. Há outras notas sobre o Superfície neste blogue.
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quarta-feira, 29 de agosto de 2012
terça-feira, 28 de agosto de 2012
O Liberdade, em Porto Alegre no feriadão
Na próxima terça (4), o documentário da Moviola Filmes "O Liberdade" (2011) entra em cartaz na Cinemateca Paulo Amorim, na Casa de Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre. Sempre às 19h, fica por 6 dias, com os preços seguintes: terças e quartas R$ 8; quinta-feira, R$ 5; sexta, domingo e feriados R$ 10.
POST DATA
3-09-12 Leia reportagem de Zero Hora Filme narra história de tradicional bar de choro de Pelotas.
15-09-12 Veja a resenha de Anderson Santos, que viu o filme em Porto Alegre.
Após receber três prêmios em festivais nacionais, é a primeira vez que o filme de 75 minutos será exibido numa sala de circuito comercial, uma grande vitória para seus realizadores, Cíntia Langie e Rafael Andreazza. Trata-se do primeiro longa-metragem da Moviola, que o produziu com recursos do Fundo Municipal de Cultura de Pelotas. A história do Bar Liberdade e seus personagens já foi visto no Brasil, Uruguai e França, e tem apresentações marcadas na Bolívia, Argentina, Venezuela e Estados Unidos.
Em sua 2ª edição, de abril de 2012, o DVD traz legendas em espanhol e inglês, cenas deletadas e alguns extras. Está à venda na Livraria Mundial, Studio CDs e Bar Liberdade, por 20 reais (veja o trailer).
POST DATA
3-09-12 Leia reportagem de Zero Hora Filme narra história de tradicional bar de choro de Pelotas.
15-09-12 Veja a resenha de Anderson Santos, que viu o filme em Porto Alegre.
domingo, 26 de agosto de 2012
André Winn e suas séries à venda
Desde 2010 acompanhamos alguns dos trabalhos do artista André Winter Noble, que assina como André Winn (veja os posts neste blogue). Ele vem inovando em cada fase, seja cunhando conceitos como o Cubismo Urbano, seja variando técnicas e expressões plásticas.
Nestes poucos anos já expôs em salas da UFPel, UCPel, SECULT, Sociedade Sigmund Freud e Escola de Idiomas MAB, além de participar em amostra coletiva em Porto Alegre. Agora ele nos surpreende com um giro pessoal em sua vida: anunciado namoro em 2011 com a estudante JingFang Yu (chinesa residente em Pelotas), põe à venda seus quadros e marca viagem para a China (veja sua página no Facebook).
As obras que estão à venda foram por ele criadas nos últimos anos, desde que estuda Licenciatura em Artes Visuais na UFPel (veja seu currículo). Os quadros já vêm emoldurados, como saíram das exposições, algumas com vidro antirreflexo.
Os trabalhos pertencem às seguintes séries: Cubismo Urbano (esq., sem título), Pelotas 200 Anos, Zoomultiplicação Rarefeita (acima, "Girafas"), Caminhos e Gente. Veja outras criações dele no Flickr.
Apesar da ampla diversidade no uso de materiais, no estilo dos traços e no emprego das cores, vemos na sensibilidade do artista o interesse pelo humano, que o leva a conjugar manifestações da vida como fato biológico e da existência como questão filosófica.
Suas influências são mais internacionais do que regionais, o que nos faz vislumbrar em André um artista de tendências universais, que sempre saberá surpreender-nos com sua criatividade para retratar os aspectos complexos do ser humano.
Imagens: Facebook
Nestes poucos anos já expôs em salas da UFPel, UCPel, SECULT, Sociedade Sigmund Freud e Escola de Idiomas MAB, além de participar em amostra coletiva em Porto Alegre. Agora ele nos surpreende com um giro pessoal em sua vida: anunciado namoro em 2011 com a estudante JingFang Yu (chinesa residente em Pelotas), põe à venda seus quadros e marca viagem para a China (veja sua página no Facebook).
As obras que estão à venda foram por ele criadas nos últimos anos, desde que estuda Licenciatura em Artes Visuais na UFPel (veja seu currículo). Os quadros já vêm emoldurados, como saíram das exposições, algumas com vidro antirreflexo.
Os trabalhos pertencem às seguintes séries: Cubismo Urbano (esq., sem título), Pelotas 200 Anos, Zoomultiplicação Rarefeita (acima, "Girafas"), Caminhos e Gente. Veja outras criações dele no Flickr.
Apesar da ampla diversidade no uso de materiais, no estilo dos traços e no emprego das cores, vemos na sensibilidade do artista o interesse pelo humano, que o leva a conjugar manifestações da vida como fato biológico e da existência como questão filosófica.
Suas influências são mais internacionais do que regionais, o que nos faz vislumbrar em André um artista de tendências universais, que sempre saberá surpreender-nos com sua criatividade para retratar os aspectos complexos do ser humano.
Imagens: Facebook
sábado, 25 de agosto de 2012
A Rosa (conto)
Nosso cronista Rubens Amador traz um conto romântico, ambientado na década de 1940. Numa época altamente dramática, as relações virtuais — que hoje imaginamos que não existissem por falta de tecnologia — se revestiam de heroísmo e emoção, mediante cartas em papel, que demoravam mais que os atuais emails. A dificuldade para sair do virtual para o real era basicamente a mesma.
Durante a última Grande Guerra (1939-1945) era muito comum a correspondência epistolar entre moças que ficavam na pátria e soldados que lutavam no front — qualquer coisa como esses clubes de epistolografia de certas revistas.
Os correspondentes não se conheciam. Era uma forma de levar algo ameno, lúdico, e de estabelecer uma ponte entre a dura realidade das frentes de combate e a placidez da vida que o soldado deixara para trás. Dessas correspondências, muitos casos de amor epistolar apenas se esfumaram, enquanto outros se realizaram, depois de meses e até de anos.
Certo experiente e antigo militar, Capitão da Armada Britânica, servindo na Itália, e posteriormente na Alemanha, mantinha um já longo relacionamento epistolar com uma moça inglesa, que ficara na pátria. De início combinaram que jamais trocariam fotos enquanto durasse o conflito. Ambos estavam interessados apenas nos espíritos mútuos. Tudo correria por conta da imaginação deles. E estabeleceram um pacto: se aquela guerra terrível terminasse bem para ambos, então marcariam um encontro para finalmente se conhecerem.
Quatro anos durou aquela correspondência, que se tornara extremamente amorosa. Balsâmica, para o provecto militar que ansiava pela chegada do correio, a cada distribuição de correspondência no front. A moça, de muito preparo intelectual, culta, escrevia alentadoras e encorajadoras missivas, cheias de afeto e carinho, que muito ajudavam ao oficial enfrentar as duras adversidades a que estava submetido.
Deu-se o inevitável: ambos se apaixonaram, um... pelo espírito do outro! “Perdidamente”, diziam na troca de afagos epistolares.
Finalmente chegou aquele dia glorioso para a história da humanidade: foi o 8 de maio de 1945! A guerra terminara.
Ronald, o nosso herói, agora promovido, denotando pronunciadas cãs, recebe, dias depois, ainda a bordo, uma carta de sua correspondente, em quem sempre vivia pensando, principalmente nos últimos dias. Vinha de Tricia — este era seu nome, Patrícia — que lhe recordava aquele encontro marcado antes do fim da guerra.
Ela o estaria esperando em 16 de outubro daquele ano, no aeroporto, quando seguraria na mão direita uma rosa vermelha. Se por ventura ele, do meio da multidão, sentisse que seu tipo físico não correspondia às suas fantasias, que ele seguisse o seu destino e tudo acabaria ali, sem maiores implicações.
Ronald vibrou com a excelente idéia. Algo lhe dizia que ela seria a formosa moça que haveria de corresponder aos seus anseios amorosos, como já acontecia com os seus espíritos.
No dia 16 de outubro de 1945, pela manhã, o aeroporto de Londres fervilhava de gente — que chegava, sobretudo. Eram soldados e oficiais que começavam a ser desmobilizados e a voltar para casa. Dentre eles, descia, cabeça erguida na escada do possante avião militar, o grisalho Ronald, procurando localizar a mulher que ele idealizara durante quatro anos, e cujo espírito ele conhecia tão bem, a ponto de ter aprendido a amá-lo.
Sobre um pórtico, próximo a um restaurante de mesas ao ar livre, lá está uma mulher com uma rosa na mão direita. Ronald não demorou em localizá-la a uns dez metros de distância. Tratava-se de uma mulher comum, simples, sapatos baixos, óculos tartaruga, de quem um casacão modesto escondia um corpo de singelas formas.
O oficial amparou-se na parede, olhando fixamente àquela mulher que ele imaginara bela fisicamente, mas que sabia ter um espírito maravilhoso, generoso e bom. Mal podia esconder a sua frustração. Mesmo assim, resolveu caminhar até ela e falar-lhe. Afinal, aquela afeição não poderia terminar assim tão prosaicamente, num anonimato, depois de tudo que marcara tão fundo sua alma. E foi ao seu encontro.
Frente a frente com aquela mulher por quem ainda, apesar de tudo, sentia muita ternura, disse-lhe, estendendo sua mão direita:
— Tricia, eu sou Ronald!
A mulher, sempre ostentando aquela rosa vermelha e bonita em sua mão junto ao peito, olhar perdido, como se nada entendesse, respondeu-lhe:
— Aquela moça lá — apontando para uma mesa do café, na calçada fronteira — deu-me uma libra, para que eu ficasse segurando esta rosa vermelha aqui. E disse-me que se um homem a mim se apresentasse, eu poderia ir-me. Adeus.
Ronald voltou-se para onde uma linda mulher, elegantemente vestida, sorrindo, vinha ao seu encontro.James Stewart (Hawkins)
Foto de Mohamad Itani
Desenho de Tony Duce
Durante a última Grande Guerra (1939-1945) era muito comum a correspondência epistolar entre moças que ficavam na pátria e soldados que lutavam no front — qualquer coisa como esses clubes de epistolografia de certas revistas.
Os correspondentes não se conheciam. Era uma forma de levar algo ameno, lúdico, e de estabelecer uma ponte entre a dura realidade das frentes de combate e a placidez da vida que o soldado deixara para trás. Dessas correspondências, muitos casos de amor epistolar apenas se esfumaram, enquanto outros se realizaram, depois de meses e até de anos.
Certo experiente e antigo militar, Capitão da Armada Britânica, servindo na Itália, e posteriormente na Alemanha, mantinha um já longo relacionamento epistolar com uma moça inglesa, que ficara na pátria. De início combinaram que jamais trocariam fotos enquanto durasse o conflito. Ambos estavam interessados apenas nos espíritos mútuos. Tudo correria por conta da imaginação deles. E estabeleceram um pacto: se aquela guerra terrível terminasse bem para ambos, então marcariam um encontro para finalmente se conhecerem.
Quatro anos durou aquela correspondência, que se tornara extremamente amorosa. Balsâmica, para o provecto militar que ansiava pela chegada do correio, a cada distribuição de correspondência no front. A moça, de muito preparo intelectual, culta, escrevia alentadoras e encorajadoras missivas, cheias de afeto e carinho, que muito ajudavam ao oficial enfrentar as duras adversidades a que estava submetido.
Deu-se o inevitável: ambos se apaixonaram, um... pelo espírito do outro! “Perdidamente”, diziam na troca de afagos epistolares.
Finalmente chegou aquele dia glorioso para a história da humanidade: foi o 8 de maio de 1945! A guerra terminara.
Ronald, o nosso herói, agora promovido, denotando pronunciadas cãs, recebe, dias depois, ainda a bordo, uma carta de sua correspondente, em quem sempre vivia pensando, principalmente nos últimos dias. Vinha de Tricia — este era seu nome, Patrícia — que lhe recordava aquele encontro marcado antes do fim da guerra.
Ela o estaria esperando em 16 de outubro daquele ano, no aeroporto, quando seguraria na mão direita uma rosa vermelha. Se por ventura ele, do meio da multidão, sentisse que seu tipo físico não correspondia às suas fantasias, que ele seguisse o seu destino e tudo acabaria ali, sem maiores implicações.
Ronald vibrou com a excelente idéia. Algo lhe dizia que ela seria a formosa moça que haveria de corresponder aos seus anseios amorosos, como já acontecia com os seus espíritos.
No dia 16 de outubro de 1945, pela manhã, o aeroporto de Londres fervilhava de gente — que chegava, sobretudo. Eram soldados e oficiais que começavam a ser desmobilizados e a voltar para casa. Dentre eles, descia, cabeça erguida na escada do possante avião militar, o grisalho Ronald, procurando localizar a mulher que ele idealizara durante quatro anos, e cujo espírito ele conhecia tão bem, a ponto de ter aprendido a amá-lo.
Sobre um pórtico, próximo a um restaurante de mesas ao ar livre, lá está uma mulher com uma rosa na mão direita. Ronald não demorou em localizá-la a uns dez metros de distância. Tratava-se de uma mulher comum, simples, sapatos baixos, óculos tartaruga, de quem um casacão modesto escondia um corpo de singelas formas.
O oficial amparou-se na parede, olhando fixamente àquela mulher que ele imaginara bela fisicamente, mas que sabia ter um espírito maravilhoso, generoso e bom. Mal podia esconder a sua frustração. Mesmo assim, resolveu caminhar até ela e falar-lhe. Afinal, aquela afeição não poderia terminar assim tão prosaicamente, num anonimato, depois de tudo que marcara tão fundo sua alma. E foi ao seu encontro.
Frente a frente com aquela mulher por quem ainda, apesar de tudo, sentia muita ternura, disse-lhe, estendendo sua mão direita:
— Tricia, eu sou Ronald!
A mulher, sempre ostentando aquela rosa vermelha e bonita em sua mão junto ao peito, olhar perdido, como se nada entendesse, respondeu-lhe:
— Aquela moça lá — apontando para uma mesa do café, na calçada fronteira — deu-me uma libra, para que eu ficasse segurando esta rosa vermelha aqui. E disse-me que se um homem a mim se apresentasse, eu poderia ir-me. Adeus.
Ronald voltou-se para onde uma linda mulher, elegantemente vestida, sorrindo, vinha ao seu encontro.James Stewart (Hawkins)
Foto de Mohamad Itani
Desenho de Tony Duce
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
Sátira eleitoral começou há 30 anos
Quando o horário eleitoral gratuito começou, não entendíamos bem as regras impostas; só havia que aceitá-las e achar graça. Por exemplo, por que alguns candidatos tinham 10 minutos e outros somente 30 segundos?
Hoje que alguns deles somente podem ver seu nome mencionado por 1 segundo e nada mais, as sátiras do visionário Jô Soares ainda têm atualidade. O que nos perguntamos agora é por que o Jô ficou sério enquanto as campanhas viraram shows e os candidatos reais, atores cômicos. Em Pelotas, dois potenciais vereadores são palhaços por profissão (veja alguns brasileiros que querem ser políticos no sítio Candidatos Bizarros).
Hoje que alguns deles somente podem ver seu nome mencionado por 1 segundo e nada mais, as sátiras do visionário Jô Soares ainda têm atualidade. O que nos perguntamos agora é por que o Jô ficou sério enquanto as campanhas viraram shows e os candidatos reais, atores cômicos. Em Pelotas, dois potenciais vereadores são palhaços por profissão (veja alguns brasileiros que querem ser políticos no sítio Candidatos Bizarros).
Semana de Psicanálise estuda a sexualidade
Hoje sexta (24) conclui a Semana de Psicanálise 2012 da Sociedade Científica Sigmund Freud, com o tema "Sexualidade, o ritmo que conduz a vida". Em quatro encontros, dois psicanalistas de Pelotas (Jorge Velasco e Hémerson Mendes) e dois vindos de Porto Alegre (Patrícia Rocha e Luís Marcírio Machado) falam sobre a sexualidade no homem, na mulher, no adolescente e na criança.
O cartaz de divulgação utilizou a imagem "Nascimento de Vênus", pintura de 1879 do francês William Adolphe Bouguereau (abaixo). Apesar do nome, a obra mostra a deusa do amor e da beleza feminina já adulta, em posição sedutora e envolvente, pronta para o sexo. Vênus (Afrodite é o equivalente grego) nasceu de uma concha de madrepérola, gerada pela espuma do mar. Utilizou seu filho Cupido (Eros) para prejudicar Psiquê, bela princesa mortal, que na tradição representa a alma humana (veja a história de Cupido e Psiquê). Na pintura, eles são as duas crianças sobre o golfinho que conduz Vênus.
O psicanalista Luís Marcírio Machado fecha a Semana de Psicanálise com a palestra sobre sexualidade infantil, um tema que hoje não escandaliza, mas que provocou brigas científicas quando de sua proposta por Freud em Viena, nos últimos anos do século XIX.
Marcírio fez sua formação na Sociedade Psicanalítica de Pelotas, entidade nascida nos anos 80, com forte ligação à Sociedade Sigmund Freud. O núcleo psicanalítico de Pelotas é ainda hoje o único no Brasil que existe em cidade do interior (todas as outras se encontram na capital de seu Estado), e segue formando psicanalistas, seguindo as linhas freudianas da IPA (Associação Psicanalítica Internacional).
Por sua parte, a Sigmund Freud oferece desde 1981 uma especialização em Psicoterapia de Orientação Psicanalítica (pós-graduação lato sensu de 3 anos). O antigo nome do curso, modificado há dois anos, era "Teoria e Técnica Psicanalítica Aplicada à Psicoterapia". Seus requisitos essenciais são: presenciar seminários e supervisões, seguir psicoterapia pessoal e apresentar um trabalho escrito de conclusão.
Imagem: Wikipedia
O cartaz de divulgação utilizou a imagem "Nascimento de Vênus", pintura de 1879 do francês William Adolphe Bouguereau (abaixo). Apesar do nome, a obra mostra a deusa do amor e da beleza feminina já adulta, em posição sedutora e envolvente, pronta para o sexo. Vênus (Afrodite é o equivalente grego) nasceu de uma concha de madrepérola, gerada pela espuma do mar. Utilizou seu filho Cupido (Eros) para prejudicar Psiquê, bela princesa mortal, que na tradição representa a alma humana (veja a história de Cupido e Psiquê). Na pintura, eles são as duas crianças sobre o golfinho que conduz Vênus.
O psicanalista Luís Marcírio Machado fecha a Semana de Psicanálise com a palestra sobre sexualidade infantil, um tema que hoje não escandaliza, mas que provocou brigas científicas quando de sua proposta por Freud em Viena, nos últimos anos do século XIX.
Marcírio fez sua formação na Sociedade Psicanalítica de Pelotas, entidade nascida nos anos 80, com forte ligação à Sociedade Sigmund Freud. O núcleo psicanalítico de Pelotas é ainda hoje o único no Brasil que existe em cidade do interior (todas as outras se encontram na capital de seu Estado), e segue formando psicanalistas, seguindo as linhas freudianas da IPA (Associação Psicanalítica Internacional).
Por sua parte, a Sigmund Freud oferece desde 1981 uma especialização em Psicoterapia de Orientação Psicanalítica (pós-graduação lato sensu de 3 anos). O antigo nome do curso, modificado há dois anos, era "Teoria e Técnica Psicanalítica Aplicada à Psicoterapia". Seus requisitos essenciais são: presenciar seminários e supervisões, seguir psicoterapia pessoal e apresentar um trabalho escrito de conclusão.
Imagem: Wikipedia
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Frio e neve? Não parece o Brasil
Foi com uma reportagem como essa que, há dez anos, Vítor Ramil teve as primeiras ideias para sua proposta da Estética do Frio, apresentada em Genebra (Suíça), em junho de 2003 (texto editado em 2004 pela Satolep Livros). Após mostrar um trio elétrico animando a festa popular no Nordeste, o noticiário falava do inverno gaúcho como de um "clima europeu". No entanto, milhões de brasileiros sentem esse frio todo ano e se identificam com os costumes de inverno que o resto do Brasil desconhece. Daí nasce toda uma visão de mundo, mais lenta, sensível, introvertida e melancólica, segundo Vítor, e que temos em comum com os países do Prata.
Esta sexta (24-8), o Globo Repórter voltará a redescobrir esse Brasil subtropical (veja o anúncio), comprovando a novidade de que "existe um Brasil abaixo de zero grau". Quem serão esses pinguins?, pergunta-se o resto do país, em seu narcisismo tropical.
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Desenhos que olham para o passado
A artista plástica Marina Guedes expõe no Corredor Arte a série "Violação do Retrato", desenhos em pequenas dimensões que representam atrizes do cinema antigo.
A artista utilizou lápis aquarelável, pastel oleoso e óleo sobre papel. As obras pertencem ao projeto final de sua graduação em pintura pela UFPel. Atualmente ela cursa mestrado em Poéticas Visuais na UFRGS.
Veja no Cult News um comentário mais amplo sobre o trabalho de Marina, porto-alegrense que iniciou sua formação em Pelotas. Ela participou na mostra "Arte Sul Contemporânea", realizada na Capital do Estado em julho (veja nota da UFPel), para homenagear os 200 anos de Pelotas.
"Violação do Retrato" pode ser visitada até 26 de agosto, no Corredor Arte (Professor Araújo, 538).
A artista utilizou lápis aquarelável, pastel oleoso e óleo sobre papel. As obras pertencem ao projeto final de sua graduação em pintura pela UFPel. Atualmente ela cursa mestrado em Poéticas Visuais na UFRGS.
Veja no Cult News um comentário mais amplo sobre o trabalho de Marina, porto-alegrense que iniciou sua formação em Pelotas. Ela participou na mostra "Arte Sul Contemporânea", realizada na Capital do Estado em julho (veja nota da UFPel), para homenagear os 200 anos de Pelotas.
"Violação do Retrato" pode ser visitada até 26 de agosto, no Corredor Arte (Professor Araújo, 538).
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
Grandes ideias, pequenas mentiras, num minuto
O Festival do Minuto é um evento nacional que seleciona e premia vídeos em diversos formatos, sempre com um minuto de duração. Criado no Brasil em 1991, inspirou a reedição do mesmo em vários países, anualmente. Em 2007 passou a ser realizado de modo permanente, e somente pela internet.
No tema "A Grande Ideia", concorre nestes dias um representante da UFPel: Gilson José Fagundes Júnior, aluno do curso de Cinema e Audiovisual.
Ele apresentou um relato ultracurto de uma alucinação hipnopômpica (veja o que é isso), e precisa do voto dos internautas, até a próxima segunda-feira, 13 de agosto às 18h. No momento desta postagem, quarta (8), ele tem somente 222 votos. A música de fundo é Saturday (Sharing life with you), de Vampire Octopus.
Para participar na votação, cadastre-se no Festival do Minuto, com endereço e senha (ou mediante o Facebook), confirme o cadastro pelo seu e-mail, entre no sítio de novo, e finalmente, embaixo do vídeo Pequenas Mentiras, coloque 5 estrelas.
No Festival do Minuto, Gilson é o único representante de Pelotas na atual fase deste tema, e poderá ganhar o prêmio único de 5 mil reais se for o mais votado.
Fotos: Gilson Jr
POST DATA (15-08-12)
Gilson ganhou o prêmio do Público, com 304 votos. Veja a notícia com os nomes dos demais premiados. O Diário Popular fez uma nota especial (leia).
No tema "A Grande Ideia", concorre nestes dias um representante da UFPel: Gilson José Fagundes Júnior, aluno do curso de Cinema e Audiovisual.
Ele apresentou um relato ultracurto de uma alucinação hipnopômpica (veja o que é isso), e precisa do voto dos internautas, até a próxima segunda-feira, 13 de agosto às 18h. No momento desta postagem, quarta (8), ele tem somente 222 votos. A música de fundo é Saturday (Sharing life with you), de Vampire Octopus.
Para participar na votação, cadastre-se no Festival do Minuto, com endereço e senha (ou mediante o Facebook), confirme o cadastro pelo seu e-mail, entre no sítio de novo, e finalmente, embaixo do vídeo Pequenas Mentiras, coloque 5 estrelas.
No Festival do Minuto, Gilson é o único representante de Pelotas na atual fase deste tema, e poderá ganhar o prêmio único de 5 mil reais se for o mais votado.
Fotos: Gilson Jr
POST DATA (15-08-12)
Gilson ganhou o prêmio do Público, com 304 votos. Veja a notícia com os nomes dos demais premiados. O Diário Popular fez uma nota especial (leia).