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segunda-feira, 11 de março de 2013

Soneto para o Café Aquários


No vítreo habitat legendário
(uma esquina famosa de Pelotas):
Nem peixe, nem crustáceo Relicário
De veras causas e sutis lorotas...

Passaram por aqui leigo, vigário,
O rico, o pronto, o rei dos agiotas,
O doutor, o inculto, o escrivão notário,
O contador de escrita e o de anedotas.

O músico, o poeta, o funcionário
E outras profissões das mais remotas;
Tudo se irmana, em fim, neste cenário

Que não se omite de funéreas notas,
Se orgulha de bradar  Viva o Aquário!
Se ufana de cantar  Salve Pelotas!

Vilmar Gomes
Diário da Manhã, 11-2-2013
Foto: Nauro Jr. (Zero Hora)

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