Em 1968 o Mercado funcionava e o relógio marcava a hora certa. |
Numa tarde de 1968, a torre do Mercado apareceu com propaganda de refrigerante. Eram tempos de guerra de colas multinacionais. Também era época de protestos em nome da liberdade de expressão.
Raul Gomes Nunes enviou a foto anteontem (24) ao Projeto Pelotas Memória (álbum Olhares sobre Pelotas). Ele conta que Flaubiano Santos e outros funcionários da Coca-Cola pintaram os painéis, subiram na torre e, mesmo sem autorização, afixaram a publicidade à tardinha.
No dia seguinte veio a ordem para retirar o anúncio. Mas o golpe publicitário fora conseguido: fazer a foto e deixar a imagem gravada para sempre.
Na guerra das colas (v. na Wikipédia), todo espaço vazio era ambicionado. Para chegar mais alto (no tempo e no espaço), a Coca hegemônica podia invadir um ponto tão emblemático como o Relógio do Mercado, içar sua bandeira e gritar ao mundo: "Pelotas é nossa!". A tomada da torre sintetiza como a cultura ianque ocupa os territórios de todo o planeta mediante o inocente domínio comercial.
O registro também é histórico para quem viveu os anos 60 e lembra os ônibus da empresa Esperança, os velhos fuscas e os Simca Chambord.
Raul Gomes Nunes enviou a foto anteontem (24) ao Projeto Pelotas Memória (álbum Olhares sobre Pelotas). Ele conta que Flaubiano Santos e outros funcionários da Coca-Cola pintaram os painéis, subiram na torre e, mesmo sem autorização, afixaram a publicidade à tardinha.
No dia seguinte veio a ordem para retirar o anúncio. Mas o golpe publicitário fora conseguido: fazer a foto e deixar a imagem gravada para sempre.
Na guerra das colas (v. na Wikipédia), todo espaço vazio era ambicionado. Para chegar mais alto (no tempo e no espaço), a Coca hegemônica podia invadir um ponto tão emblemático como o Relógio do Mercado, içar sua bandeira e gritar ao mundo: "Pelotas é nossa!". A tomada da torre sintetiza como a cultura ianque ocupa os territórios de todo o planeta mediante o inocente domínio comercial.
O registro também é histórico para quem viveu os anos 60 e lembra os ônibus da empresa Esperança, os velhos fuscas e os Simca Chambord.
Bza de foto!
ResponderExcluirE servia aos interesses da Coca Cola e da Fanta.
ResponderExcluirCoca-Cola e Fanta são duas bebidas criadas pela mesma empresa, chamada "The Coca-Cola Company". Algo assim como Lula e Dilma.
ResponderExcluirbela imagem né?!
ResponderExcluirMeu bisavô Jakob Gloor que veio da Suíça foi quem montou o relógio na torre no Mercado Público no início do século passado. Ele era mecânico, armeiro, ferramentista, metalúrgico, inventor e construtor de coisas complexas para a época, e foi contratado para tal feito, pegar esse relógio que veio desmontado dentro de uma caixa de madeira da Alemanha, montar, instalar e deixar ele funcionando na torre do Mercado Público.
ResponderExcluirEu escuto desde criança de meu pai e meu avô, ambos já falecidos, que enquanto meu bisavô Jakob Gloor trabalhava, meu avô ainda uma criança, auxiliava ele alcançando ferramentas para a montagem, instalação e regulagem do relógio da torre.
Esse feito de meu bisavô e avô sempre foi motivo de muito orgulho para mim, e que hoje tento preservar essa história de meus antepassados repassando para minha filha e demais familiares.
Fica o registro desse fato que acredito não deva ter em nenhum lugar, mas tenho uma desconfiança que talvez tenha as iniciais dele gravadas em algum lugar ali dentro na máquina desse relógio, pois ele tinha o hábito de fazer isso nas ferramentas e tudo que criava ou fazia.
Zênia de León pesquisou sobre o relojoeiro da torre do Mercado. Se tiver fotos ou mais detalhes do sr.Gloor, pode escrever para sotovidal@yahoo.com.br (Francisco). Pode informar nome e endereço, se quiser.
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