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quinta-feira, 18 de julho de 2013

Lápis verde (poema)


Na calada da noite,
você nem vê
o que faço,
com a ponta macia
do lápis verde 6B.

Sem perder a calma,
posso furar seu olho,
cutucar sua alma,
devagar,
te sujar de lama,
furar a bolha,
e te derrubar da cama,
semana após semana,

e você nem vê
os gritos,
escritos borrados,
orgulhos, pecados,
nus,
desenhados,
com a ponta macia,
do lápis verde 6B.
Alexandre Vergara

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