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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Nobre Plebeu, um rock para o poeta lírico

Rafael Bennett
O pelotense Rafael Bennett compôs "Nobre Plebeu" com inspiração na vida do poeta conterrâneo Lobo da Costa. Incluída em seu primeiro registro discográfico (o EP "Retalhos Negros", de 2004), a canção foi classificada em 4º lugar no Festival de Inverno de São João del-Rei (MG) em 2009, segundo conta o próprio músico (v. entrevista para o canal Cultive Ler). Confira abaixo letra e música (pontuação revisada pelo editor).

Assim como o Lobo homenageado, Rafael morou alguns anos fora de Pelotas e voltou à terra natal; também usa barba e completa em 2014 a idade do escritor falecido em 1888. Confira neste blogue uma nota sobre Francisco Lobo da Costa.

Formado em Filosofia, Bennett pode ser descrito como um poeta roqueiro, inserido em seu tempo e influído por diversas correntes musicais (sem negar a origem britânica nem as raízes regionais). Atualmente mora no bairro do Porto e apresenta-se nos bares Diabluras, Gaudí, Nova York e Vitória de Samotrácia (v. Facebook).

from Bennett.

Vai, Nobre Plebeu,
Na embriaguez,
Soluçar dos homens.
Vai, que a gente nasceu,
Estrela brilhou
No Planeta Fome...

Vai, Anjo Ateu,
Brinca de Deus,
Vira super-homem.
Vai, Nobre Plebeu,
Na embriaguez
De amores monstros.

Vai enlouquecer
À espera do amor
Que nunca volveu.
Vai, Anjo Ateu,
Brinca de Deus,
Vira super-homem...

Fly high... fly high... fly high

Dizem que ele enlouqueceu
À espera de um amor que nunca volveu
Zim, nem todo fim é final feliz.
Levanta as calças,
Ajusta a gravata
E pinta o nariz.

O maior de todos os poetas não morreu do mal de amor,
encantou-se com uma flor e caiu da bicicleta, caiu, caiu.

Mas quem te sorriu
Nunca chorou diante dos teus...
Vai, Anjo Ateu,
Brinca de Deus
Vira super-homem.

Vai, Pobre Burguês,
Morre feliz,
Sorriso de ouro.
Vai, que a gente nasceu,
Estrela brilhou...

Fontes: Rádio UOL e MySpace

POST DATA 
10-1-14
Hoje Rafael postou no Facebook:
Grato pelas palavras de Francisco Antônio Vidal, e principalmente pelo 'resgate' desta (púbere) canção composta há exatos dez anos! Algum dia Volko retomará a pena. Vai, anjo ateu...

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